O Sol
Tece no azul do céo sua teia luminosa
A grande aranha d’oiro, o esplendoroso sol,
Monarcha do universo, rutilo pharol
E lâmpada sublime, excelsa e portentosa.
Sua luz divina e pura, eterna e magestosa,
Sangrenta se parece em horas de arrebol,
Momento em que o saúda, humilde, o girasol,
Curvando-lhe a corolla meiga e respeitosa.
Os flavos raios seus resvalam do infinito
E vêm depôr na terra um osculo bendito,
Cheio de vida e luz, de amor e de alegria,
Beijo de gozo e paz, beijo profundo e grande
Que em nossos corações venturas mil expande
Porque o fecundo sol nos lega a luz do dia.
Santa Maria, 11-7-1909.
***
Tece no azul do céo sua teia luminosa
A grande aranha d’oiro, o esplendoroso sol,
Monarcha do universo, rutilo pharol
E lâmpada sublime, excelsa e portentosa.
Sua luz divina e pura, eterna e magestosa,
Sangrenta se parece em horas de arrebol,
Momento em que o saúda, humilde, o girasol,
Curvando-lhe a corolla meiga e respeitosa.
Os flavos raios seus resvalam do infinito
E vêm depôr na terra um osculo bendito,
Cheio de vida e luz, de amor e de alegria,
Beijo de gozo e paz, beijo profundo e grande
Que em nossos corações venturas mil expande
Porque o fecundo sol nos lega a luz do dia.
Santa Maria, 11-7-1909.
***
As Duas Irmãs
Sylvia e Alzira, as duas irmãs
Catitas, meias e airosas,
São duas gottas formosas
Dos orvalhos das manhãs.
São duas pombas louçãs,
Ambas petalas de rosas,
Tendo nas faces mimosas
A rubea côr das romãs.
São dois anjinhos risonhos,
Nascidos dos aureos sonhos
De paes bondosos e santos!
São duas gentis crianças
Cheias de viço e esperanças,
Cheias de vida e de encantos.
Santa Maria, 16-8-1909.