A Genealogia dos
Municípios Gaúchos
Autoria de
Diego de Leão Pufal
[dúvidas, acréscimos e correções,
escreva para
diegopufal@gmail.com]
[Esta publicação
pode ser utilizada pelo(a) interessado(a),
desde que citada a
fonte]
[publicado em 14/07/2019]
Uma pesquisa genealógica deve se
valer de vários elementos e de outras ciências, especialmente para tornar o
estudo mais atraente e rico em detalhes. Foi-se o tempo em que a genealogia
ficava restrita a nomes e datas, como se fosse uma lista telefônica, tornando-se
necessário que se contextualize os indivíduos no tempo e no espaço, sempre que possível.
Em razão disso, cada vez mais se faz oportuno
buscar, além dos registros de nascimento, casamento e óbito, tanto civis, como
eclesiásticos, outras fontes de pesquisas. Há uma variedade de fundos
documentais que pode ajudar, desde processos judiciais (inventários, por exemplo),
até mesmo consulta em cemitérios, acervos de hospitais, jornais, etc.
Interessante também ter conhecimento,
para facilitar as buscas, da origem de cada município, ou seja, de qual “município-mãe”
determinado local se originou. Essa genealogia dos municípios é mais importante
do que parece, considerando que antes de uma emancipação, os registros primeiros
eram realizados na sede respectiva.
A emancipação de determinado
município, porém, não faz nascer do zero os registros, até mesmo porque tal
processo pressupõe que o pretenso ente emancipando tenha condições de, sozinho,
conseguir se manter em seus vários aspectos. Logo, a área emancipanda, de
regra, conta(va) com cartório, igreja, economia própria, além de outros requisitos.
Por isso que, invariavelmente os subdistritos
já contavam com cartório de registro civil antes de se tornarem município. Mas antes
disto, onde eram registrados os nascimentos, casamentos e óbitos? Este questionamento
demonstra a importância da genealogia dos municípios. É que, sabendo de qual
município o outro se originou, devemos nos recorrer aos assentos daquele e
assim sucessivamente.
A título de exemplo, temos que o então
distrito de Alfredo Chaves (hoje Veranópolis) era atrelado administrativa e
politicamente ao município de Lagoa Vermelha que, por sua vez, se desmembrou de
Santo Antônio da Patrulha. Antes da existência dos registros de Lagoa Vermelha,
devemos nos reportar àqueles de Santo Antônio da Patrulha.
Em 2018, a Secretaria de Planejamento,
Governança e Gestão Pública do Rio Grande do Sul lançou a obra Genealogia
dos Municípios do Rio Grande do Sul, com mapas das várias emancipações e
quadro da criação dos atuais 497 municípios do Rio Grande do Sul, que auxilia e
muito no estudo da história e da genealogia.
A capa do livro. |
Aos que tiverem interesse, pode-se
consultar este livro de forma on line, no endereço https://issuu.com/spggrs/docs/spgg_genealogia.