Poesias de Mário da Silva Brasil
(1889-1962)
Desde julho de 2008 venho veiculando neste blog algumas poesias
do meu bisavô Mário da Silva Brasil, as quais foram escritas em sua grande
maioria na década de 1910, na cidade de Porto Alegre. Muitas delas foram
publicadas nos jornais da época, já outras ficaram registradas em seu caderno.
Para que
as obras de Mário da Silva Brasil não fiquem no esquecimento, disponibilizo
mais uma de suas poesias, preservando a escrita da época:
As árvores
Quanto
vos amo, ó árvores bondosas!
Vós
que nos dais o lenho, o fruto, as flôres
Das
mais variadas e esquisitas côres
E
sempre belas, meigas, perfumosas!
Que
propiciai-nos sombras deliciosas
Onde
se esvaem canseiras, dissabores,
E
que, para curar as nossas dôres,
Fornecei-nos
essencias milagrosas!
Vós
sois as nossas boas companheiras
Porque
nos dais, de todas as maneiras,
Durante
toda a vida, sã ventura!
De
vós tudo nos vem e aceitamos:
Desde
o berço no qual nos embalamos
Ao
caixão que nos leva à sepultura!
Porto Alegre, 16-11-1953.
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