Alemães no RS: a família
KAASTRUP
Autoria de: Diego de Leão Pufal
[dúvidas, acréscimos e correções,
escreva para diegopufal@gmail.com]
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[Esta publicação pode ser utilizada pelo(a) interessado(a), desde que
citada a fonte: PUFAL, Diego de Leão. Alemães no RS: a família
Kaastrup, in blog Antigualhas,
histórias e genealogia, disponível em http://pufal.blogspot.com.br/]
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[atualizado em 23/06/2015]
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[atualizado em 23/06/2015]
À amiga Cláudia Fortuna.
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A
presente pesquisa trata da genealogia e história da família Kaastrup,
com alguns recortes das famílias Müller,
Traub e Ertel, nem todas de
origem alemã, como exemplo os próprios Kaastrup, vindos da Dinamarca, mas
inserida no contexto da imigração alemã no Estado do Rio Grande do Sul.
Sem
esgotar as fontes possíveis, foram consultados os assentos do Cartório do
Registro Civil e processos de inventários de Pelotas/RS, existentes no acervo
do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (APERS). Após, dado o
percurso feito pela família Kaastrup, de
São Leopoldo para Pelotas, foram buscados os registros das Igrejas Evangélicas
de Porto Alegre, Hamburgo Velho, Campo Bom e São Leopoldo, afora outras fontes.
As pesquisas
revelaram algumas surpresas, como o fato de o emigrante Kaastrup ter vindo da
Dinamarca, estabelecendo-se na colônia de São Leopoldo por volta de 1840, onde foi
boticiário, ofício que passou ao filho e netos. Após, em busca de melhores
oportunidades, o dinamarquês Jens Peter
Kaastrup foi para o sul do Rio Grande do Sul, radicando-se com uma pharmacia e drogaria na cidade de Pelotas.
Nessa
região a família seguiu, até que alguns descendentes de Jens Peter passaram para Porto Alegre, Jaguari e Curitiba/PR, onde
foram farmacêuticos e comerciantes. Um de seus netos, a propósito, de nome Rudolph Kaastrup, foi desportista, tendo
possivelmente participado do primeiro time do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense (1903) e, após, fundado o Coritiba Foot Ball Club (1909), este na
capital do Paraná.
Além
disso, salienta-se que o sogro de Jens
Peter, Adam Johann Knierim,
alemão de nascimento e chegado antes de 1829 no Rio Grande do Sul, foi
brutalmente assassinado em plena Revolução Farroupilha pelo conhecido Menino Diabo, no ano de 1836.
Sem
a pretensão de esgotar o estudo destas famílias, seguem alguns dados de cunho
histórico e genealógico.
A família KAASTRUP
A
família Kaastrup provém da Dinamarca, da região de Juttland[1],
de onde emigrou pela década de 1840, estabelecendo-se em Campo Bom, então
colônia de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.
Acredita-se
que dois irmãos tenham vindo para o Brasil[2]:
Jens Peter Kaastrup e Friedrich Kaastrup. Este faleceu ainda
em Hamburgo Velho – hoje bairro de Novo Hamburgo – em 1849, ao passo que aquele
seguiu para a cidade de Pelotas, talvez em busca de novas oportunidades, já que
a região de São Leopoldo à época estava saturada, pois vinha recebendo colonos
desde 1824.
Da
descendência de Jens Peter se conseguiu apurar o que segue[3]:
1. Jens
Peter Kaastrup ou Johann Peter
Kaastrup (no Brasil: João Pedro
Kaastrup), n. Aalborg[4],
região de Juttland, Dinamarca e falecido[5]
a 20/08/1878, em Pelotas/RS, sem testamento, deixando a esposa e 1 filho. Jens
Peter foi boticário em Campo Bom, evangélico de religião e chegou ao Brasil
antes de 1848, possivelmente acompanhado de seu provável irmão, Friedrich
Kaastrup, nascido a 26/11/1829 em Allburg
(sic), Dinamarca e falecido a 24/6/1849[6]
em Hamburgo Velho.
Consta de um Mappa demonstrativo da Vaccinação praticada na Provincia de S. Pedro do
Rio Grande do Sul desde o 1º de Julho de 1850 até o último de Junho do corrente
anno[7]
[1851] que João Pedro Kaastrup foi vaccinador
no município de São Leopoldo.
Entre 1847-1849, de acordo com o levantamento feito pelo médico da colônia alemã de São Leopoldo, o Dr. Daniel Hillebrand, "Jens Pedro Castrup", contava 30 anos, boticário de profissão, evangélico, natural da Dinamarca, residente em "Hamburger Berg" (Hamburgo Velho), com a esposa Magdalena, 18 anos, brasileira, e uma irmã "Castrup", de 24 anos, da Dinamarca.
Entre as décadas de 1850/1860 Jens Peter mudou-se para Pelotas, onde abriu uma Pharmacia e drogaria, situada à Rua São Miguel, à qual após se associou o filho Friedrich.
Entre as décadas de 1850/1860 Jens Peter mudou-se para Pelotas, onde abriu uma Pharmacia e drogaria, situada à Rua São Miguel, à qual após se associou o filho Friedrich.
Por força do inventário de Jens Peter,
foram relacionados os seguintes bens, permitindo reconstruir de certo modo um
pouco de sua vida:
·
ativo consistente em mercadorias e
dívidas da Pharmacia e drogaria, sita
à rua São Miguel, na cidade de Pelotas, de 22:200$000 réis;
·
um terreno, com 26m40cm de frente,
dividindo-se ao norte pela estrada que desta cidade (Pelotas) segue ao passo do
Arroio Moreira, com fundos até 440 metros que se divide ao oeste com as terras
de Pedro Fagal e pelo leste com Carlos Frederico Natusch, onde há uma casa de
pau a pique, uma meia água e casa de moradia de material, tudo avaliado em
2:000$000 réis;
·
um terreno com 13m26cm de frente ao
norte pela estrada que segue para o passo do Arroio Moreira, com 440 metros de
fundos, por onde parte com a propriedade do Visconde da Graça, a leste com as
da herança e a oeste com as de João Iribarne, com sobrado e mais benfeitorias,
comprado em nome do filho Frederico e avaliado em 2:000$000 réis;
·
um terreno com 72m60cm de frente, com
220 metros de fundos no município de São Leopoldo, na Costa da Serra, Capela da
Piedade [Novo Hamburgo], pelo sul com a estrada geral de Campo Bom, pelo norte
e leste com terras de Carlos Zimmermann e pelo oeste com terras de Jorge Mayer,
com dois prédios, um térreo e um sobrado, tudo avaliado em 2:000$000 réis.
Os trastes
de casa foram partilhados entre a mãe e filho, assim como toda herança de forma
amigável.
Jens Peter casou-se a 21 de julho de
1848 em Hamburgo Velho/RS[8]
com MARIA MAGDALENA KNIERIM[9],
nascida a 6/6/1830 em Bom Jardim [hoje Ivoti/RS][10]
e falecida a 11/5/1908 em Pelotas, com testamento.
D. Maria
Magdalena Knierim foi filha de Adam
Johannes Knierim e Maria Catharina Müller.
Adam Johannes
Knierim[11] nasceu em 1801, Osthofen, Rhein-Hessen, Alemanha e faleceu
a 26/6/1836 em Estância Velha/RS, assassinado pelo Menino Diabo durante a
Guerra dos Farrapos[12],
defendendo a causa legalista, deixando 4 filhos; chegou ao Brasil antes de
28/6/1829, estabelecendo-se em Bom Jardim, hoje Ivoti, onde foi marceneiro e
comerciante, filho de Johannes Knierim e Engel
Weyand. Casou-se a 28/6/1829 em São Leopoldo, na comunidade evangélica
com Maria
Catharina Müller, nascida a
29/1/1810, Alemanha e falecida a 3/11/1885, Estância Velha, filha de Heinrich
Peter Jakob Müller[13] (n.
1785, Ohlweiler, Rheinland-Pfalz, Alemanha e fal. 1835; casado a 24/2/1807 em Simmern) e de Anna Catharina Dietrich
(n. 2/10/1786, Biebern, Alemanha e fal. 1/4/1854, Estância Velha).
No ano de 1908 procedeu-se ao
inventário dos bens deixados por D. Magdalena Knierim Kaastrup[14],
composto pelo acervo abaixo, o que permite, de certa forma, reconstruir o
cotidiano da família:
·
uma corrente de ouro com cinco gramas
de peso;
·
uma dita dito com seis gramas e meia;
·
um relógio de ouro para senhora;
·
uma dúzia de colheres de prata para
sopa;
·
uma dúzia de colheres de prata para
chá, pesando quinhentos e cincoenta gramas; (sic)
·
uma concha para sopa de prata pesando
duzentos gramas;
·
duas argolas de metal para guardanapo;
·
uma mobília de sala de visitas com nove
peças de cedro;
·
uma cama de solteiro de cedro;
·
uma cômoda de cedro;
·
um guarda-roupa de cedro;
·
um lavatório de cedro;
·
uma mesa de pinho para jantar;
·
duas mesinhas de pinho com seis
cadeiras de pau;
·
um armário de pinho para louça;
·
quarenta peças de louça e vidro;
·
doze peças de trem de cozinha;
·
uma casa na avenida 20 de Setembro, n.º
25, com cinco aberturas de frente norte e seu respectivo terreno de 22 metros e
80 centímetros de frente mais ou menos e fundos ao sul de 427 metros e meio a
intestar com a linha da estrada de ferro;
·
um terreno amurado com quartos no
interior, na Avenida 20 de Setembro com 3 metros e meio sob número 25-A e
fundos de 427 metros e meio mais ou menos a intestar com a linha da Estrada de
ferro;
·
dívidas ativas: uma escritura de
hipoteca no valor de quatorze contos de réis a vencer-se em 1º/9/1908 com todos
os juros pagos, firmada por Leocadia Kaastrup a favor da herança.
·
Dívidas passivas.
Na imagem abaixo
consta a dívida passiva da herança de D. Magdalena Kaastrupa à Pharmacia
Kaastrup, que, à época, já pertencia à nora Leocadia Traub Kaastrup.
Nesse tempo (1908), os filhos de d.
Magdalena já eram falecidos, tendo sucedido na herança os netos, filhos de seu
filho Frederico.
O casal Jens Peter e Magdalena teve
dois filhos, que seguem:
2-1 ADOLF KAASTRUP, n. 4/9/1849, Hamburgo Velho[15].
Em 1863 foi padrinho de batismo em Campo Bom, mas faleceu antes do pai, sem
descendentes, por não ter sido citado no inventário paterno.[16]
2-2 FREDERICO KAASTRUP, n. 16/8/1851 em Hamburgo Velho/RS[17]
e falecido[18] a
26/4/1903 em Pelotas.
Frederico seguiu com a Pharmacia
e Drogaria Kaastrup, Casa Importadora
de especialidades Francezas, Allemãs e Americanas, que mantinha com o seu
pai, localizada na Rua 15 de Novembro, n. 209, em Pelotas, a qual administrava
na condição de farmacêutico não
licenciado.
Abaixo, propaganda da Pharmacia
e Drogaria de Kaastrup & Filhos veiculada no Almanak Litterario e Estatistico
do Rio Grande do Sul para 1896[19]:
A partir da morte de Frederico, a empresa passou a ser
administrada pela viúva d. Leocádia Traub Kaastrup, como foi adiantado.
Frederico faleceu precocemente, aos 51 anos em Pelotas, no
ano de 1903, quando autuado seu inventário[20],
deixando 10 filhos, o mais velho com 20 anos e, o mais novo, com apenas 2 anos
de idade, além de alguns bens:
·
Uma cama de casal usada;
·
Um lavatório usado;
·
Um guarda-roupa usado;
·
Um bidet
usado;
·
Uma mesa de jantar;
·
12 cadeiras de palhinha;
·
Um guarda-louça;
·
Trem de cozinha;
·
Uma casa localizada na rua 15 de
Novembro em Pelotas;
·
Um sobrado na Estrada do Fragata e
respectivo terreno;
·
Um terreno n.º 684, no lugar denominado
Passo do Ferreira, na Cachoeira;
·
Pharmacia –
líquido em medicamentos e utensílios existentes na quantia de 6:355$142 réis;
·
Dividas.
Frederico Kaastrup casou-se a 16/4/1881 em Porto Alegre com LEOCÁDIA TRAUB, n. 29/9/1862 em Porto
Alegre e falecida[21] a
7/7/1939 à Avenida General Daltro Filho, n.º 1, em Pelotas, onde residia,
viúva, de hemorragia cerebral, com 77 anos, tendo sido sepultada no cemitério
evangélico de Pelotas, filha de Germano
Traub [Johann Herrmann Friedrich
Traub][22] e de Leocádia Caroline Ertel[23].
Os filhos-herdeiros de D. Leocádia, em 1942, desistiram da
herança em favor do irmão e cunhado Hugo Kaastrup, consistente em uma apólice
da Prefeitura de Pelotas (Ginásio Pelotense), n. 163, no valor de 100$000 réis
e na parte de um terreno, com quartos no interior, à Av. General Daltro Filho,
n.º 103, antigo n.º 25ª da Av. 20 de Setembro.
O casal Frederico e Leocádia gerou 10 filhos: Bruno, Arthur
Carlos, Frederico Alberto, Rodolpho Henrique, Elfrida Alvina, Brenno Joaquim,
Olga Octília, Edmundo, Lydia e Hugo, sendo que em 1939 apenas sete viviam.
Seguem os filhos de Frederico e
Leocádia:
3-1 Bruno Adolpho Kaastrup, n. 1883, Pelotas. Em 07/1906 na cidade de Pelotas casou-se
com sua prima Ida Traub, residente
na localidade União, em São Lourenço do Sul, filha de Germano Traub e Alvine
Cândida Ditmar. Em 1908 Bruno já era pharmaceutico.
O Jornal A Federação[24],
em 1922, anunciava que Bruno Kaastrup fixou residência em Jaguari/RS, onde
comprou a Pharmacia Internacional, em
sociedade com Germano Luiz Frederico Traub, cuja empresa passou a girar com o
nome de Kaastrup & Cia, Jaguary.
Pais de:
4-1 Gilda Kaastrup,
n. 24/4/1908, Pelotas.[25]
3-2 Arthur Carlos Kaastrup, n. 1885 em Pelotas e falecido[26]
a 16/11/1918 em Porto Alegre. Foi pharmaceutico
de profissão e faleceu solteiro, com 34 anos, sem descendentes.
3-3 Frederico Albrecht Kaastrup[27], n. 1886, Pelotas. Casou-se com Wilma Alexandrina Wallig, n. Porto Alegre, onde residentes
em 1940 em Porto Alegre. Frederico foi comerciante, sócio de Antônio Frasco,
com quem manteve a sociedade Antonio
Frasco & Kaastrup, para o comércio de fazendas em Porto Alegre (1910).
Mais tarde, em 1915, já era proprietário da Casa
Kaastrup, de fazendas e miudezas, localizada na Praça Conde de Porto
Alegre, n. 340, também na capital gaúcha.
Acima um aviso do
proprietário da Casa Kaastrup de
Porto Alegre, veiculado no jornal A Federação, de 29/12/1916, p. 4.
Frederico e Wilma foram pais, ao menos, de:
4-1 Ruben Kaastrup, n. 20/8/1914, Porto Alegre.
4-2 Ilse Kaastrup, n. 1916/1917, Porto Alegre. Depois casada com Heinrich
Bommhardt, n. Alemanha, pais da pesquisadora Perli Bommhardt (Soares).
3-4 Rodolpho Henrique Kaastrup, n. 1889, Pelotas e falecido[28]
a 6/11/1918 em Curitiba/PR, aos 29 anos, de gripe. Rudolph Kaastrup foi um dos
fundadores do time Coritiba Foot Ball Club, em 1909[29]
e, dada sua relação com o futebol, talvez tenha sido um dos primeiros jogadores
do time do Grêmio de Porto Alegre, em 1903.
Rudolf Kaastrup no time do Coritiba, em 1909,
sendo o último (sentado) à direita da fotografia.[30]
Rudolf/Rudolpho casou em outubro de 1912[31]
em Curitiba/PR com Edwirgem Hellender,
de Curitiba, com quem teve uma única filha de nome:
4-1 Edith Ellender Kaastrup, n. 09/1918, Curitiba/PR, onde em 1940 residia, solteira.
3-5 Elfrida ou Elfrides Alvina
Kaastrup, n. 1891, Pelotas. Em 1939 já casada com Alfredo Otto, residentes na localidade União, em São Lourenço do
Sul.
3-6 Benno Joaquim Kaastrup, n. 1891, Pelotas e falecido[32]
a 14/11/1918 em Porto Alegre, alfaiate de profissão, com 26 anos, solteiro.
3-7 Olga Otília Kaastrup[33], n. 16/3/1893, Pelotas, onde em 1921 já estava casada (I) com
... Teixeira. Casou (II) a 16/6/1931
com Silvestre Fortuna, n. 8/8/1875,
Itália, artista de profissão e viúvo de Margarida Figueiredo[34],
filho de Antonio Fortuna e Elisabeth Caprio. Olga e Silvestre são avós de
Cláudia Fortuna.
3-8 Edmundo Kaastrup, n.
1896/1897, Pelotas. Em 1939 já casado com Manuela
Lacau.
3-9 Lydia Kaastrup, n. 22/12/1898, Pelotas, onde a 24/9/1932 casou com Ramão Martinez, n. 11/10/1901, Herval, do comércio, filho de Antônio Libânio Martinez e Isabel Cardoso.
3-10 Hugo Kaastrup, n. 1901, Pelotas, comerciante, residente em Pelotas, onde
em 1939 já estava casado com Ida Carucio
ou Canuccio, filha de Domingos C. e
Fortunata. Pais, ao menos, de Yole Canuccio
Kaastrup, fal. a 29/3/1931, com 2 anos em Pelotas.
***
[1] Juttland historicamente também chamada Cimbria é o nome da península
que se projeta no Norte da Europa para o resto da Escandinávia , formando a parte continental da Dinamarca . Ele
tem o mar do Norte , a oeste, Skagerrak ao seu norte, Kattegat eo Mar Báltico a leste, e a fronteira germano-dinamarquesa ao
sul. O estado alemão de Schleswig-Holstein é parte da Península Cimbrian(também chamada de península da Jutlândia), mas
não faz parte da Jutlândia. [Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Jutland]
[2] A emigração alemã no Rio Grande do
Sul teve início em 1824 até 1829. Porém de 1830 até 1846, em razão da Revolução
Farroupilha, houve uma interrupção na vinda de novos elementos, sendo que,
talvez, entre 1846/1847 tenham vindo os possíveis irmãos Kaastrup para o
Brasil.
[3] Para tanto, foram utilizadas as
seguintes abreviaturas:
·
“n.”
para “nascido(a)”;
·
“bat.”
para “batizado(a)”;
·
“fal.”
para “falecido(a);
·
“APERS”
para “Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul”;
·
“AHRS”
para “Arquivo Histórico do Estado do Rio Grande do Sul”;
·
“AHCMPA”
para “Arquivo Histórico da Cúria Metropolitana de Porto Alegre”.
Os números que antecedem os nomes representam,
respectivamente, a geração da pessoa (o n. 2, por exemplo, representa a segunda
geração da família) e a ordem de nascimento dentro da geração. Então, o número
“2-3” representa que a pessoa é a segunda geração e terceira filha da
antecedente de n.º 1 e, assim, sucessivamente.
[4] Acredito que Jens Peter Kaastrup
tenha nascido na cidade de Allborg, considerando-se que Juttland é uma região
da Dinamarca e não uma cidade. Além disso, Jens deve ter vindo para o Brasil
juntamente com Friederich Kaastrup, natural de Allburg (sic).
[5] APERS, inventário n. 132, maço 4,
ano 1886, 2. Vara cível de Pelotas, tendo sido inventariante a viúva Magdalena.
[6] Livro da Comunidade Evangélica de
Hamburgo Velho.
[8] Livro da Comunidade Evangélica de
Hamburgo Velho.
[9] APERS, inventário n. 3.289, maço
115, ano 1908, 1 vara cível de Pelotas, tendo sido inventariante Frederico
Müller.
[10] Batizada na igreja evangélica de
São Leopoldo.
[11] ROSA, Gilson Justino da. Imigrantes alemães 1827-1853. Porto
Alegre: EST, 2005, p. 251.
[12] Adam Johannes teria sido degolado
em frente à esposa e filhos pelo Menino Diabo, líder de um grupo de bandoleiros
que vinham saqueando casas durante a Revolução Farroupilha
[http://heuser.pro.br/getperson.php?personID=I124&tree=heusers].
[13] Heinrich Peter Jakob Müller, n. 1785 em Ohlweiler, Rheinland-Pfalz,, Alemanha,
agricultor, evangélico e falecido a 22/6/1836 no Passo de São Leopoldo, na
Revolução Farroupilha, tendo emigrado com a esposa e sete filhos, chegando em
São Leopoldo a 29/12/1825, na segunda leva da colonização alemã no Rio Grande
do Sul, passageiro do bergantim Galvão e da galera de Bremen Friedrich Heinrich, chegada ao Rio de
Janeiro em 8/11/1825. Casou-se a 24/2/1807 em Simmern com Anna
Catharina Dietrich, n. 2/10/1786 em Biebern, Alemanha e fal. 1º/4/1854 em
Estância Velha. Pais de:
F1. Maria Elisabeth Müller, n. 27/11/1807 em Biebern e fal. 10/5/1891
em Estância Velha. Casou-se a 21/5/1826 em São Leopoldo com Philipp Dhein, pais de pelo menos nove
filhos.
F2. Maria Catharina Müller, n. 29/1/1810 em Obserweiler e fal.
3/11/1885 em Estância Velha. Casou-se (I) a 28/6/1829 em São Leopoldo com Adam Knierim. Casou-se (II) a 10/8/1839
em São Leopoldo com Philipp Diefenthäler,
com quem teve pelo menos oito filhos.
F3. Johann Jacob Müller, n. 21/3/1814 em Biebern e fal. 6/8/1865 em
Ivoti. Casou-se com Maria Sarah Grun,
com quem teve pelo menos 11 filhos.
F4. Maria Magdalena Müller, n. 1817 em Biebern. Casou-se com Wilhelm Matzembacher, pais de pelo menos
14 filhos.
F5. Anna Elisabeth Müller, n. 1819 em Biebern. Casou-se com Daniel Lauer, com quem teve pelo menos
12 filhos.
F6. Maria Margaretha Müller, n. 1820 em Biebern. Casou-se com Peter Schreiner, com quem teve ao menos
3 filhos.
F7. Maria Carolina Müller, n. 1821 em Biebern e deve ter falecido após
a chegada a São Leopoldo, considerando-se que em 13/2/1826 nasceu sua irmã que
levou o mesmo nome.
[Fontes: ROSA, Gilson Justino da. Imigrantes alemães 1827-1853. Porto
Alegre: EST, 2005, p. 32; HUNSCHE, Carlos H. O biênio 1824/25 da Imigração e Colonização Alemã no Rio Grande do Sul
(Província de São Pedro). Porto Alegre: A Nação, 1975, p. 255, e LOYO, Dieter. Arquivo pessoal].
[14] APERS, inventário n. 3.289, maço
115, ano 1908, 1ª vara cível de Pelotas, tendo sido inventariante Frederico
Müller. Manteve-se a descrição dos bens tal como consta no processo.
[15] Adolf foi batizado a 30/9/1849 em
Hamburgo Velho (Livro I de Registros evangélicos de Hamburgo Velho).
[16] Houve um Adolfo Traub estabelecido
em Porto Alegre afiador e concertador de
pianos, estabelecido na rua Coronel Vicente, n. 46, em Porto Alegre.
[17] Friedrich Kaastrupp foi batizado a 14/9/1851 em
Hamburgo Velho (Livro I de registros evangélicos de Hamburgo Velho).
[18] APERS, inventário n. 3.203, maço
112, ano 1903, 1 cartório de órfãos e ausentes de Pelotas.
[19] Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=xx2091&pesq=kaastrup
[20] APERS, inventário n. 3.203, maço
112, ano 1903, 1 cartório de órfãos e ausentes de Pelotas.
[21] APERS, inventário n. 239, maço 6,
ano 1939, 1 Cartório do Cível e Crime de Pelotas.
[22] AHCMPA, habilitação de casamento n.
28/238, ano 1852.
[23] Johann Herrmann Friedrich Traub [no Brasil, Germano Traub] nasceu a 10/2/1825 em Emmendingen/St. Georg,
Schwarzwald, Grã-ducado de Baden, Alemanha e fal. 02/07/1881 em Porto Alegre,
sepultado no cemitério evangélico dali, foi comerciante de tintas e pintor em
Porto Alegre, filho de Johann Jacob Traub e Eva Catharina Krum. Casou-se em
1852 com Leocadia Caroline Ertel, n.
São Leopoldo/RS, filha de Michael Ertel/Hertel [n. 1787, Pirmasens,
Zweibrücken, Baviera] e Gertrud Weisbarth [n. Oberwesel, Kreuznach, Alemanha].
Pais, ao menos, de:
F1. João Hermann Jacob Traub, n. 25/3/1853, bat. 16/7/1853, Rio
Grande/RS.
F2. Jacob Herrmann Maria Traub (Germano Traub), n. 14/6/1854, Porto
Alegre, bat. 25/12/1854 na igreja evangélica de São Leopoldo. Foi restaurador,
pintor, laqueador em Porto Alegre. Casou a 17/6/1880 em Porto Alegre (Com. Ev.)
com Alvine Cândida Ditmar, n. 8/10/1862, São Leopoldo, filha de Balduíno Ditmar
e Catharina. Com filhos batizados na Igreja São José, em Porto Alegre.
F3. Emilie Louise Elisabetha Traub, n. 30/4/1856, Porto Alegre, bat.
6/6/1856 na igreja evangélica de São Leopoldo. Casou-se a 27/2/1875 na igreja
ev. de Porto Alegre com Johannes Heinrich Albrecht Lorenz, n.
24/6/1841, filho de Ferdinand Lorenz.
F4. Johann Carl Georg Traub, n. 27/8/1857, Porto Alegre, bat.
25/12/1857 na igreja evangélica de São Leopoldo.
F5. Christian Friedrich Albin Traub, n. 16/3/1859, Porto Alegre, bat.
27/3/1859 na igreja evangélica de São Leopoldo, e fal. 29/3/1859 em Porto
Alegre.
F6. Heinrich Christian Friedrich Traub, n. 19/3/1860, Porto Alegre,
bat. 12/6/1860 na igreja evangélica de São Leopoldo.
F7. Leocádia Traub, n. 29/9/1862, Porto Alegre.
F8. Wilhelm Evarist Traub, n. 24/12/1864, Porto Alegre, bat. 28/5/1865
na igreja evangélica de São Leopoldo.
F9. Carl Georg Traub, n. 9/9/1866, Porto Alegre, bat. 30/12/1866, na
igreja evangélica de Porto Alegre.
[Fontes: Livros de Registros da
Comunidade Evangélica de São Leopoldo; Livros de Registros da Comunidade
Evangélica de Porto Alegre; GANS, Magda Roswita. Presença Teuta em Porto Alegre no século XIX (1850-1869). Porto
Alegre: editora da UFRGS, 2004.]
[24] Disponível na Hemeroteca Digital
Brasileira, da Biblioteca Nacional: http://memoria.bn.br/hdb/uf.aspx
[25] Registro Civil da 1ª Zona de
Pelotas, livro A-44, p. 47.
[26] A certidão de óbito consta do
inventário materno.
[27] Seu nome também consta como
Frederico Alberto Kaastrup.
[28]
A certidão de óbito
encontra-se no inventário materno.
[29] Maiores informações em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coritiba_Foot_Ball_Club
[30] Fotografia disponível em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coritiba_Foot_Ball_Club
[31] Jornal A República, disponível no sítio da Biblioteca Nacional –
Hemeroteca Nacional.
[32] A certidão de óbito encontra-se no
inventário materno.
[33] Descobriu-se que D. Olga fora
casada com um Teixeira, já viúva em 1921.
[34] Silvestre Fortuna, em 1912 procedeu
ao inventário (declaração de pobreza) de sua primeira esposa Margarida
Figueiredo Fortuna, falecida em 1911 em Pelotas, deixando os filhos: Antônio,
de 7 anos de idade, e Anna, de 5 anos, sem que deixasse bens de espécie alguma
(proc. n. 479, maço 21, ano 1912, 2
cartório de órfãos e ausentes de Pelotas - APERS).
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