Alemães no RS: Família Schiffner
À prima e amiga Suzana Dihl.
Autoria de Diego de Leão Pufal
[Esta publicação pode ser utilizada pelo(a) interessado(a), desde que citada a fonte: PUFAL, Diego de Leão. Alemães no RS: família Schiffner, in blog Antigualhas, histórias e genealogia, disponível em http://pufal.blogspot.com.br/]
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[atualizado em 07/04/2015]
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LEGENDA:
n. = nascido(a);
fal. = falecido(a);
n.p. = neto(a) paterno(a);
n.m. = neto(a) materno(a);
c/c = casado(a) com;
AHRS = Arquivo Histórico do Estado do Rio Grande do Sul;
APRS = Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul;
AHCMPA = Arquivo Histórico da Cúria Metropolitana de Porto Alegre.
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A família Schiffner teve início no Brasil com a vinda de Franz Schiffner, sua esposa e sete filhos, chegados na cidade do Rio de Janeiro no dia 26 de abril de 1890, vindos da Alemanha, assim constituída:
· Franz Schiffner, 41 anos, casado, alemão, com instrução;
· Albertine, 29 anos, solteira (sic), alemã, idem;
· Richard, 15 anos, solteiro, idem;
· Martha, 11 anos, solteira, idem;
· Georg, 9 anos, idem;
· Helena, 6 anos, idem;
· Else, 5 anos, idem;
· Otto, 4 anos, idem;
· Tula, 1 ano.
Após, a família saiu do Rio de Janeiro, chegando no Rio Grande do Sul no dia 26 de abril do mesmo ano e, no dia 05 de maio, na hospedaria de imigrantes de Charqueadas. Em seguida, os Schiffner destinaram-se à colônia Barão do Triunfo (São Jerônimo), onde se estabeleceram no dia 07 de maio de 1890, vindos no paquete Rio Grande.
No dia 08 de junho de 1890 Franz Schiffner recebeu do Governo Local uma colônia de terras com 300.000m2, casa, ferramentas e sementes, localizada na Linha Alfredo Silveira, na Colônia Aciolli, em São Jerônimo. Em contrapartida, Franz tornou-se devedor da quantia de 209$000 réis.
Nessa localidade a família permaneceu até o ano de 1902, quando o patriarca Franz faleceu. Em seguida, a viúva e filhos destinaram-se à colônia de Mariana Pimentel, Sertão Santana e, depois, Porto Alegre.
Da descendência do casal, segue o que se conseguiu apurar:
1. FRANZ SCHIFFNER (no Brasil: Francisco Schiffner), nasceu no ano de 1849 na Alemanha ou na Áustria e faleceu a 09/07/1902 em Barão do Triunfo (São Jerônimo/RS), filho de Joseph Schiffner e Clara. Franz casou em meados de 1874 na Alemanha com (Francisca) Albertina Berndt, nascida a 15/01/1851 na Alemanha e falecida em Mariana Pimentel/RS, sendo filha de August Berndt e Wilhelmine Krüger, não emigrados para o Brasil.
Após o falecimento de Franz Schiffner, a viúva casou-se em segundas núpcias, em Mariana Pimentel, a 27 de setembro de 1905 com Philipp Storck, nascido a 12/04/1847 na Alemanha, filho de Philipp Storck (n. 12/09/1818, Rheinbaiern, Alemanha e fal. 22/03/1891, Nova Petrópolis/RS) e de Catharina Wagner (n. 12/05/1818, Schwanden ou Salzbach, Alemanha e fal. 22/05/1894, Nova Petrópolis).
Houve um homônimo de Franz Schiffner em Porto Alegre: Franz Schiffner, doutor, nascido em Winsheim, casado com Margaretha Reinert, pais de três filhos batizados a 02/08/1893 na Igreja Evangélica de Porto Alegre: Katharina Wilhelmine Bertha Schiffner, n. 08/03/1885; Friedrich Karl Paul Schiffner, n. 14/07/1888 e Carla Emma Gabriela Schiffner, n. 12/06/1891.
Houve do casamento de Franz Schiffner e Albertina os filhos que seguem:
2-1 RICHARD SCHIFFNER, n. 1875, Alemanha. Em 1905 contava 31 anos, solteiro.
2-2 MARTHA SCHIFFNER, n. 1879, Alemanha. Em 1905 contava 28 anos, casada, residente em Porto Alegre. Casou com Paul Julius, com quem teve, ao menos, os filhos: Raul Waldemar Julius (n. 16/05/1901, Porto Alegre); Margaretha Georgina Julius (n. 29/03/1908, Porto Alegre) e Hugo Oscar Julius (n. 1º/3/1911, Porto Alegre).
2-3 GEORG SCHIFFNER, n. 30/03/1880, Berlim, Alemanha e fal. 19/02/1963, Porto Alegre/RS. Em 1905, ao casar, era agricultor em Sertão Santana; já em 1907 residente na Linha Victorino Monteiro em Mariana Pimentel, enquanto que, em 1940, era comerciante em Porto Alegre.
Jorge casou, em primeiras núpcias, a 18/02/1905 em Mariana Pimentel com Clara Simchen, nascida a 19/08/1886, Nova Petrópolis/RS e fal. 16/07/1939, Porto Alegre. Clara era filha de Anton Simchen (n. 1853 em Kreibitz, República Checa, casado a 02/01/1878 em São José do Hortêncio/RS) e Carolina Kaiser (n. 1861, Oldenburg, Alemanha), n.p. Johannes Simchen e Theresa Krauspenhaar; n.m. Louis Kaiser e Sophia Gerwert ou Gerber.
Após o falecimento de Clara Simchen, Jorge Schiffner casou-se, em segundas núpcias, em Porto Alegre a 26/11/1940, com a viúva Lúcia Bischoff Michelsen. Lúcia nasceu a 12/11/1912 em Mariana Pimentel e era sobrinha de Clara Simchen, eis que filha de Jacob Bischoff (n. 22/11/1878, Taquara/RS, casado a 18/08/1900 em Mariana Pimentel) e de Olga Simchen (n. 21/05/1880, Nova Petrópolis/RS), n.p. Josef Bischoff e Margaretha Laufer, n.m. Anton Simchen e Carolina Kaiser.
Houve do 1º casamento de Jorge quatro filhos e, do 2º, um, cujos nomes seguem:
3-1 Emil Leopold Schiffner, n. 14/11/1905, Barão do Triunfo e fal. 16/02/1988, Porto Alegre, onde casou a 10/04/1929 com Noêmia Schiell, n. 27/07/1909, Porto Alegre, filha de Gabriel Leopoldo Schiell e Olga Hack. Pais de Lory Schiffner Cardoso.
3-2 Alzira Schiffner, n. 19/12/1907, Mariana Pimentel e fal. 02/01/1989, Porto Alegre, onde casou a 06/12/1930 com Waldomiro Diefenthaler, n. 11/03/1907, Novo Hamburgo e fal. 23/05/1960, Porto Alegre, filho de Karl Adam Diefenthaler e Emma Silberstein. Pais de: Leda Diefenthaler Torino; Lilian Diefenthaler Cabral e Liane Diefenthaler Menalda.
3-3 Rudolfo Schiffner, n. 28/08/1909, Mariana Pimentel e fal. 14/08/1979, Porto Alegre, onde foi comerciante. Casou a 17/09/1932 em Taquari com Amedina Kern Renner, n. 22/10/1911, Taquari, filha de Pedro Kersting Renner e Adolfina Kern. Pais de: Léa Schiffner e Décio Renner Schiffner.
3-4 Waldemar Schiffner, n. 04/06/1913, Mariana Pimentel e fal. Porto Alegre, onde casou, em 1ªs núpcias, a 08/09/1934, com Ilse Gertrud Hildegard Stroschoen Ellwanger, n. 26/01/1915 e fal. 1951, Porto Alegre, filha de Jacob Fernando Ellwanger e Frida Stroschoen. Waldemar casou, em 2ªs núpcias, a 08/01/1952, em Porto Alegre, com Sueli Kohlrausch. Houve do primeiro casamento os filhos: Brigite Schiffner (c/c Ney Nazareno Gadelha Paes Pinto); Marlise Ellwanger Schiffner (c/c Pedro Evangelista Coelho Roxo) e Paulo Ellwanger Schiffner (c/c Suzana da Silva Dihl e pais de quatro filhos: Rodrigo, Eduardo, Mariana e Márcia Dihl Schiffner). Houve do segundo casamento os filhos: Ayrton Schiffner (c/c Maria Tereza Bastian Alves) e Gerson Schiffner.
3-5 Jorge Schiffner Filho (fº do 2º casamento), n. 05/11/1946, Porto Alegre. Casou em Sertão Santana com Ivone Raab, filha de Alfredo Raab e Alzira. Pais de três filhos: Guilherme, Gustavo e Gabriel.
2-4 HELENA SCHIFFNER, n. 1884, Alemanha. Em 1905 contava 25 anos, casada e residente em Barão do Triunfo. Casou com Gustavo Laurenz.
2-5 ELSE SCHIFFNER, n. 1885, Alemanha. Em 1905 estava casada e residente em Barão do Triunfo. Casou com Henrique Kochlen.
2-6 OTTO SCHIFFNER, n. 1886, Alemanha. Em 1905 contava 21 anos, solteiro.
2-7 TULA SCHIFFNER, n. 1889, Alemanha. Em 1905 já era falecida, sem descendentes.
Anton Simchen, austríaco, embarcou em Hamburgo na Alemanha no Navio Camões, chegando ao Brasil em 1877, aos 24 anos de idade, tendo desembarcado no dia 18/08/1877 em Porto Alegre, com destino a Nova Petrópolis, Linha Marcondes, lote nº 10 (Fonte: AHRS, C050). No mesmo navio chegou com Anton Simchen a família de seu irmão ou tio Franz Simchen, 49 anos, casado com Brigitte, 54 anos, e os filhos: Franz, 18 anos; Emilie, 17 anos, Julie, 14 anos e Maria, 8 anos, com destino a Nova Petrópolis, Linha Imperial, lotes 85 e 86.
Em 1900, por ocasião do casamento da filha Olga, Anton e a esposa eram residentes na Linha Boa Esperança no Sertão Santana, onde agricultores.
Luiz Kaiser, 27 anos, casado, protestante; Sophia, 24 anos, casada; Carolina, ½ de idade , de Oldemburg; chegaram de Rio Grande em Porto Alegre em 01/11/1861; embarque: vapor Continentista; destino: Santa Cruz. Obs: Flora Steimann. Seguiram em 09/11/1861. Reg. 6335-6337, fl. 209 (Códice 234, publicado pelo Arquivo Histórico do RS, com o título de Povoadores do Rio Grande do Sul (1857-1863), Porto Alegre: EST, 2004, p. 155). Após, a família se estabeleceu em Nova Petrópolis.