Dia 02 de fevereiro
Dois de fevereiro é dia de Nossa Senhora dos
Navegantes e, como de costume, com procissões em várias partes do Brasil,
inclusive em Porto Alegre, o que acontece há mais de século.
Em 21 de janeiro de 1875 D. Margarida Teixeira de
Paiva doou um terreno no Caminho Novo, atual Avenida Voluntários da Pátria,
para erguer o primeiro templo dedicado à Nossa Senhora dos Navegantes, cujo
prédio foi construído em madeira.
Contudo, de início os portugueses proprietários
da imagem não consentiram com a sua remoção da
Capela do Menino Deus, e ela passou para os cuidados da Igreja de Nossa Senhora do
Rosário, até que houve um acordo e, então, a imagem foi
levada em procissão fluvial à sua nova casa. Esta primeira capela foi destruída
pelo fogo e, em 1896, foi erguida outra no mesmo lugar, já de alvenaria e, no ano seguinte, foi promovida a sede do curato. Esta segunda capela também foi consumida pelas chamas em 21 de dezembro de 1910, junto com a antiga imagem da padroeira e os arquivos
eclesiásticos, salvando-se apenas o cálice da comunhão e o bastão
do juiz. [fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_dos_Navegantes_(Porto_Alegre)]
Com o ocorrido, a comunidade fez levantar
o atual prédio, construção que se encerrou no ano de 1912, sendo inaugurado a
23 de março de 1913.
A Igreja de N. Sra. dos Navegantes em Porto Alegre. Localiza-se no 4º Distrito da cidade, em frente ao Rio Guaíba. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:IN01.jpg |
A Capela de N. Sra. dos Navegantes,
depois elevada à paróquia (1919), atendeu a boa parte da população do 4º
Distrito de Porto Alegre e dos moradores que residiam dali até o atual município
de Alvorada, pois somente depois foram sendo criadas as demais capelas, como a
de São João Baptista e outras.
Com o passar dos anos, com o
aumento de fiéis, os festejos em homenagem à N. Sra. dos Navegantes foram crescendo.
Inicialmente constava de uma
procissão fluvial, com embarcações que saíam desde o cais do porto, levando a
imagem do centro de Porto Alegre até a Igreja de N. Sra. dos Navegantes, pelo
Rio Guaíba.
Foi em uma dessas procissões, pelos
anos de 1930, que João Luiz Pufal retratou um destes cortejos:
Há anos, por determinação da
Capitania dos Portos, a procissão é feita via terrestre, levando-se a imagem da
Santa da Igreja de N. Sra. do Rosário, no centro de Porto Alegre, até a Igreja
de N. Sra. dos Navegantes, arrastando verdadeiras multidões.