Poesias de Mário da Silva Brasil
Desde julho de 2008 venho veiculando neste blog algumas poesias do meu bisavô Mário da Silva Brasil, as quais foram escritas em sua grande maioria na década de 1910, na cidade de Porto Alegre. Muitas delas foram publicadas nos jornais da época, já outras ficaram registradas em seu caderno.
Para que as obras de Mário da Silva Brasil não fiquem no esquecimento, disponibilizo mais uma de suas poesias, preservando-se a escrita da época:
Num Túmulo
Eis aqui, mãe teu filho tão amado
Que chóra em tua santa sepultura,
Soluçando mil prantos de amargura:
As lembranças que tenho do passado
Conserto o coração despedaçado
Por ver a tua triste desventura,
Oh doce, meiga e santa creatura
Que já inerte repousas ao meu lado.
Mas dizem que as lágrimas do pranto
Resvaladas na face decorada
De teu filho que agora soffre tanto?
São gotas crystallinas que derramo
P'ra orvalhar-te essa campa abençoada
E provar-te, minha mãe, quanto te amo.
Santa Maria, 8-8-1909; publicado no Jornal Popular.
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