terça-feira, 15 de maio de 2012

Poesias de Mário da Silva Brasil


Poesias de Mário da Silva Brasil

Desde julho de 2008 venho veiculando neste blog algumas poesias do meu bisavô Mário da Silva Brasil, as quais foram escritas em sua grande maioria na década de 1910, na cidade de Porto Alegre.Muitas delas foram publicadas nos jornais da época, já outras ficaram registradas em seu caderno.

Para que as obras de Mário da Silva Brasil não fiquem no esquecimento, disponibilizo mais uma de suas poesias, preservando-se a escrita da época:
 Dever 
Amar?! Para que amar sem ser amado
Si o amor é illusão, sonho, chiméra,
Para quem já me foi muito sincera
E, hoje em dia, me tem abandonado?!

Para que volvo às cinzas do passado
Si ainda vejo florida a primavera
Viçosa de meus annos? Nem quizéra
Rever o que já tenho atraz deixado,

Si não fôra autolhar a cada instante
Aquella que jurou-me ser constante,
E que ingrata me foi, em realidade,

Esquecel-a é um dever, e com razão,
Pois tenho agora a fervida amizade
De quem amo e a quem dei o coração!

Porto Alegre, 21-8-1910.

67 comentários:

  1. SONETO DO AMANHECER
    Brasil Andrade Holsbach

    Boa-noite não digo mais
    porque a noite é sempre boa:
    see somos nós desiguais
    a noite não se destoa.

    Mas dizer um boa-noite
    faz bem a qualquer pessoa:
    afasta com forte açoite o mal do pensar atoa.

    Contemple a bela hora
    do parto do novo dia
    envolto no rubro-véu:

    raia pungente aurora,
    rasga-se a fantasia,
    tinge-se todo o céu!...

    Sou cidadão honorário de Guaíra (PR), procurador jurídico aposentado, advogado e parecerista em final de carreira, professor de direito constitucional e direito administrativo na reserva, pescador militante, amante da boa música (aluno de teclado), ex-aluno de pintura e de pirogravura). Sou filho de Henrique Andrade Holsbach e Glória Lola Rodrigues Holsbach, neto de Jovino e Generosa, bisneto de Henrique Holsbach, marido de Ilza Avila Dornelles Holsbach, pai de ILzaneiva, Ilsonei e Brasil, avô de Pedro, Amanda e Bianca, todos de sobrenome Avila Vargas Dornelles Andrade Holsbach. Primo de Nery da Costa (desembargador federal da 3a. Região, filho no Nery e da prima-irmã Argemir Holsbach) Visito parentes no Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.
    Contato: holsbach.dr.brasil@gmail.com

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  2. FURACÃO A VISTA :aviso amigo aos gaúchos (gremistas e colorados)

    O FURACÃO E O URUBU

    Autor: Brasil Andrade Holsbach


    Tadinho do corvo
    tinha cara de bom
    mas por duas vezes
    bicou o furacão

    (viu no que deu?)

    Só 4 golzinhos
    mais 4 revezes
    tremeu sobre as pernas
    e se escrafedeu.

    (Não mais se entendeu?)

    Tal chuva de gol
    o carioca enguliu
    não mais se aguentou
    e de quatro caiu.

    (P'ra onde sumiu?
    -De quarto caíu?!...
    Teria virado
    um pinto pelado?)

    Na terra carioca
    foi rei do Maraca

    fez gol quatro vezes
    trombou no Menezes
    de cabeça tonta
    pedindo sua conta.

    Guaira (pr), 19.09.2013 - 21,30h
    Rio de Janeiro - Maracanã - CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE: 4
    flamengo............................... 2

    No Dorival Brito
    Também fez bonito
    Com um gol de placa
    Penteou a macaca.

    (22.09.2013- 21,30h)

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  3. O FURACÃO E O URUBU

    Autor: Brasil Andrade Holsbach


    Tadinho do corvo
    tinha cara de bom
    mas por duas vezes
    bicou o furacão

    (viu no que deu?)

    Só 4 golzinhos
    mais 4 revezes
    tremeu sobre as pernas
    e se escrafedeu.

    (Não mais se entendeu?)

    Tal chuva de gol
    o carioca enguliu
    não mais se aguentou
    e de quatro caiu.

    (P'ra onde sumiu?
    -De quarto caíu?!...
    Teria virado
    um pinto pelado?)

    Na terra carioca
    foi rei do Maraca

    fez gol quatro vezes
    trombou no Menezes
    de cabeça tonta
    pedindo sua conta.

    Guaira (pr), 19.09.2013 - 21,30h
    Rio de Janeiro - Maracanã - CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE: 4
    flamengo............................... 2

    No Dorival Brito
    Também fez bonito
    Com um gol de placa
    Penteou a macaca.

    (22.09.2013- 21,30h)

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  4. O FOTÓGRAFO DE CAXIAS
    - Brasil Andrade Holsbach -

    Convocou o senhor de tudo
    Patrick, predestinada mente,
    Para, não mais que de repente,
    Extasiar-nos a todos mudos.

    De benesse não se reclama
    nem da magia de um porvir.
    Cumpre-nos apenas repartir,
    pois amamos e Deus nos ama.

    Quem da terra mirou o céu,
    co’ a presteza de quem não erra
    e que da noiva flagrou o véu,
    do céu fotografa a terra.

    De Guaíra (PR) p/Caxias do Sul (RS), 16 de junho de 2014.
    (Homenagem post mortem a Patrick Becker)

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  5. O FOTÓGRAFO DE CAXIAS
    - Brasil Andrade Holsbach -

    Convocou o senhor de tudo
    Patrick, predestinada mente,
    Para, não mais que de repente,
    Extasiar-nos a todos mudos.

    De benesse não se reclama
    nem da magia de um porvir.
    Cumpre-nos apenas repartir,
    pois amamos e Deus nos ama.

    Quem da terra mirou o céu,
    co’ a presteza de quem não erra
    e que da noiva flagrou o véu,
    do céu fotografa a terra.

    De Guaíra (PR) p/Caxias do Sul (RS), 16 de junho de 2014.
    (Homenagem post mortem a Patrick Becker)

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  6. ZUADA TRICOLOR PAULISTA
    - Brasil Andrade Holsbach-
    (refrão cantado)
    O Badi
    o badá
    Eu vi
    São Paulo a-
    panhá ,,,

    (falando baixinho: E CLÉU neles..).

    (declamado)
    O gol co’a mão
    do São Paulo
    salvação
    salvou o paulista
    da maior
    humilhação.

    (repete o refrão: o BADI... o badá... e CRÉO neles)

    E o time
    do milhão
    pra empatá
    c’o FURACÃO
    teve que apelar
    p´ra chutar
    bola de mão.
    (Atlético Paranaense 2x2 São Paulo – Uberlândia, 28.05.2014 – brasileirão)
    EM TEMPO
    (Receita milionária p´ra curar dor de corno tricolor e afinar a voz da torcida atleticana: pegue pato, ganso, “Muriçoca”, tempere com o “coentroavante fabuloso” mexa com a mão e ferva tudo na panela de pressão da torcida sãopaulina até a véspera do campeonato mundial e no dia seguinte esquente o peito da caveira fanática rubro-negra na ARENA DA BAIXADA durante a copa de 2014. Berro e xingação ao gosto do torcedor... direitos autoriais reservados pela lei da “Fiofó”)

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  7. MEU QUERIDO BEIJA-FLOR
    Brasil Andrade Holsbach

    Um beija-flor veio pousar
    na palma da minha mao
    p’ra comigo aliviar
    sua triste solidão.

    Não me sinto mais sozinho
    na morada tão modesta.
    O mais belo passarinho
    veio em casa fazer festa.

    Imensa sabedoria
    revela o Senhor meu Deus
    na plenitude do seu amor.

    Inesgotavel alegria
    me traz a ave dos céus
    meu querido beija-flor.

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  10. UMA TORCEDORA ITALO-BRASILEIRA
    Brasil Andrade Holsbach

    O Uruguai
    Inda não sai.
    Pegou a Azurra,
    deu-lhe uma surra.

    Faz pouco mal
    para Marcinha,
    bela sobrinha
    binacional.

    Azurra vai embora,
    torce o nariz.
    Ninguem diz
    que ela chora...

    Da rede ela vê
    sob o céu anil
    na sua TV
    ganhar o Brasil

    Itala e’ tetra
    Brasuca, penta..
    Tem nove titulos
    Pouco s’esquenta.

    Para Marcia Holsbach Beltrame,,minha afilhada-sobrinha – uma torcedora binacional
    Uruguai 1 x 0 Italia (FIFA world cup 2014)
    Guaira, inicio do inverno de 2014

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  11. MEUS SETENTA E TRÊS
    Brasil Andrade Holsbach

    Neste meu aniversário
    não fiquei dentro do armário.
    Marianinha e Salomão
    me estenderam sua mão.
    Até o Fábio e o Denir
    me abraçaram a sorrir
    (vieram de Ponta Porã).

    De Cascavel o irmão Haroldo
    se encontrou com o Jovino
    e em Guaíra sob o toldo
    foi churrasco do grã-fino:
    três irmãos se abraçando,
    a curtir no pé de manga
    (e o amor da mãe vibrando).

    Em Curitiba Ilza e filha
    com Jandira e Pantomil
    completaram a família
    p’ra saudar o pai Brasil.
    (que a saúde do ilsonei
    é p’ra nós suprema lei).


    Quando se ama distante
    Não se briga a cada instante.
    Nunca me senti sozinho,
    vou seguindo meu caminho
    (posso até viver errante).

    A mensagem de Ilzaneiva
    perfumou meu coração
    qual na árvore a seiva
    é pura vida e emoção;
    lenitivo para a alma
    ora aquece ora acalma
    no repasso do compasso
    da vidinha do paizâo.
    (p’ros meus filhos sou campeão).

    Uma família Deus me deu
    p’ra me dar felicidade
    Quem na terra vive o céu
    não tem peso na idade
    e é melhor o ar das águas
    que o ar de qualquer cidade.
    (Dia doze deste mês
    Entrei nos setenta e três)...



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  12. Brasil Andrade Holsbach25 de abril de 2015 às 23:16

    DIA DO CONTABILISTA – 24.04.2015

    Lembrei-me do CRC pr 10.297- meu número na primeira profissão conquistada a duras penas depois de um longo período de prática como auxiliar de contabilidade exercida em Toledo com Frederico Adão Ebling e Ondy Hélio Niederauer (Escritório de Comércio e Contabilidade – 1956, 1957); Auto Mecânica Toledo Ltda. (1958-1959, na frente do bar do Fachin - sairia dali o último ministro do Supremo Tribunal Federal Luis Edson Fachin?); Empório Toledo Ltda. (Egon Pudell, Antônio Mazurek, Jurgen Klaus Fritz Bercht, Lúcia, Oscar Ruaro) e continuada em Guaíra com Nodovir de Almeida Prohmann e o Serviço de Navegação da Bacia do Prata (1960 a 1967). Para chegar até lá , fundei o Colégio Comercial de Guaíra (Escola Técnica de Contabilidade) - a primeira escola noturna de Guaíra - com a missão de viabilizar o acesso ao curso superior a quem trabalhava de dia, a exemplo da atual médica nefrologista Zuleika Ferreira de Almeida. Fui auxiliado pelos alunos (tesoureiro Sgt. Aureliano Gutierrez e secretário Ermínio Vendrúscolo) que se dispuseram a compor a primeira turma ao lado de Milcíades Mancilha Sampaio, Félix Thomé, Luziano Welter Sgt Nilo da Cunha, Sgt Martins, Sgt. Jesus Toré Comim e outros. Para ter a entidade mantenedora exigida pelo Ministério de Educação e Cultura, consegui apoio da direção da Campanha Nacional de Educandários Gratuitos (CNEG) nas pessoas de Kurt Walther Hasper (Prefeito e presidente local); presidentes estaduais Arnaldo Faivro Busato (médico e deputado federal – um político certamente governador do Paraná não fora prematuramente ceifado pelo câncer) e Brig. Mário Calmon Eppinghaus (atualmente nome de praça de Curitiba pós morte de acidente aéreo); Felipe Tiago Gomes (idealizador e fundador da Campanha, cuja amizade me contagiara na fundação do setor local de Guaíra contemporâneo à fundação do Ginásio Industrial Presidente Getúlio Vargas) chancelou a confiança do sucesso do empreendimento – a exemplo do papel desempenhado pela presidente da FENASP Lizair Guarino de Moraes Guerreiro mais tarde minha incentivadora na fundação de outro educandário especial: a Sociedade Pestalozzi de Guaíra propulsora do projeto de decreto-legislativo que em 1911 me honrou com título de cidadão honorário da minha segunda cidade, já que a primeira é Amambay – cidade matogrossense onde abri os olhos para a luz do mundo terreno. Para vencer a barreira do tempo supri a inexistência do xerox pela fotocópia. Que era fotocópia? – A foto da cópia, na ocasião exercida pelo fotógrafo Vitoldo Tadeu Grus, expressou-se nas fotografias tiradas dos documentos dos professores dentre os quais os diplomas do promotor Rogério Luz, primeiro Diretor do Colégio, do juiz de direito e mais tarde desembargador Sidney Mora, do promotor Eduardo Plinta Troian, autenticadas pela tabelioa Nélida Esther Zeballos Rolon. Como quem queria a escola era eu (para não estudar fora de Guaíra), paguei tudo o que me exigiu o MEC, inclusive essas fotocópias, autenticações, e os livros comprados em Curitiba na Companhia Editora Nacional.
    Depois da aula inaugural uma simples fórmula solucionou a manutenção da Escola: administradores e diretores trabalhavam de graça. No fim do mês o tesoureiro, que tudo documentava e contabilizava, dividia pelo número de aluno o total das despesas com giz e professores e o resultada era a mensalidade dos alunos. A fórmula, legalizada em ata, resultou numa auto-gestão sem déficit nem superávit – só quebrada quando Milcíades Mancilha Sampaio e eu transferimos espontaneamente mandato e gestão à pessoa que trocou por comunidade a palavra gratuita (CNEG transformou-se em CNEC), passou a remunerar as funções dantes múnus público, empregou parentes, fechou a escola de contabilidade e, para não falir, vendeu mais da metade dos 24.200m2 (um alqueire paulista) do imóvel doado pela Prefeitura para o funcionamento da CNEC.

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  13. Brasil Andrade Holsbach25 de abril de 2015 às 23:19

    Registro esta memória no dia do contabilista para homenagear os amigos, colegas e alunos, que me acompanharam numa época de aventuras e desventuras, num lugar e num tempo em que se vivia honestamente uma vida feliz, ouvindo o marulhar das águas, dormindo sob o afago da briza, aquecendo-se na luz do sol. Lembro-me da filhinha Ilzaneiva quase meia noite a respirar o doce aroma do sete-capotes e da guabirobeira na melodia das 7 Quedas. Nas noites quentes a sinfonia das corredeiras transmudava-se em palco de sonhos da frágil criança...Seu anjinho da guarda a embalava sobre o abismo das águas e ela vencia o medo: dormia...
    Quem tiver olhos p´ra ver e ouvidos p´ra ouvir, ainda hoje - na Peruzzi, na Ilha Grande, na barranca do Paraná - dorme e sonha na noite cálida do estio guairense – muitas vezes no barco com a carretilha na mão... ouvindo a saracura e o sussurro da corredeira...

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  14. FESTA EM PONTA PORÃ
    - Brasil Andrade Holsbach –

    Amanhece o dia
    só alegria
    nesta manhã
    de Ponta Porã.

    Tudo de “bão”
    pr’o amigo Fabão
    com seu violão
    tocando o festão.

    No costume
    da fronteira
    faça festa
    bem faceira,

    toque viola
    bem lijeira
    no sertão,
    na ribanceira...

    Não esqueça
    mais de nada,
    da cerveja
    bem gelada...

    do bom lenço
    no pescoço
    e do churrasco
    no sal grosso.

    No clarear da madrugada
    ouço a voz da passarada
    a chilrear qual campanário
    p’ra brindar teu aniversário.

    Chegou a hora
    de ir embora.
    Na distância,
    estou por fora...

    Só te envio
    meu abraço
    p´ra aliviar
    o meu cansaço,

    enquanto espero
    em melhor dia
    partilhar
    tua alegria.

    Curitiba, aniversário de Fábio Teixeira Dorneles,
    dia frio de outono de 2015 – sábado, 09 de maio.

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  15. DESABROCHAR DA FLOR: mistério do amor
    - Brasil Andrade Holsbach –

    No mistério do amor
    aliviado da dor
    contemplei esta flor
    e pensei no Senhor.

    Olhando p´ro ar
    me quedei a cismar:
    como desabrochar
    sem alguém a insuflar?

    A aspirar tal perfume
    aflora-me o lume
    de um vagalume:
    Deus tudo resume...

    Tudo simplifica
    na água tão rica
    que a fluir da bica
    meu ser fortifica.

    Vejo no horizonte
    o tempo de ontem
    que por trás do monte
    reflete na fonte.

    Ao amor do meu Deus
    minha alma cedeu
    co’a essência do céu.
    Esse cara sou eu!...

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  16. MADRUGADA, LUA CLARA
    - Brasil Andrade Holsbach –

    Madrugada, lua clara,
    minha alma se declara:
    no esplendor qual uma flor
    desabrocha meu amor.

    Lá no céu de cor azul
    entre estrelas do luzeiro,
    noite calma, céu faceiro,
    surge o cruzeiro do sul.

    E nos braços dessa cruz
    p´ra perdoar o meu pecado
    a sorrir dependurado
    vejo o rosto de Jesus.

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  17. PINGOS DE PRATA
    - Brasil Andrade Holsbach –

    Me deu
    u’amigo
    presente
    de nata:
    uma planta
    que encanta,
    que forma
    cascata...

    Pulando...
    caindo...
    no canto
    da mata...
    se alegra,
    s’enfeita...
    com pingos
    de prata.

    E o nó do
    bordado
    a rendeira
    desata:
    costura,
    crocheta,
    remenda,
    ..remata...

    Desenho
    perfeito,
    pureza de amor:
    só pode
    ser feito
    por Nosso
    Senhor!

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  18. SÓ VOCÊ PODE SALVAR SEU PAÍS

    - Brasil Andrade Holsbach no 74º aniversário –

    Se, na profética sabedoria de Geraldo Vandré, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”, já passou da hora de caras pintadas e paneleiros colorirem espaços públicos e retumbarem tambores para exigir do Constituinte a adequação do texto constitucional (PEC) ao exercício da cidadania. Ser cidadão é não só outorgar procuração, mas revogar o mandato procuratório quando não lhe presta contas o mandatário ou, quando dizer sim ou não, se faz mister para aprovar ou rejeitar a lei votada pelo representante popular.
    A síntese seleciona uma palavra para o ponto de partida da passagem do estado liberal ao estado social, ou, em outros termos, passagem do poder nacional ao poder popular. A palavra mágica é REFERENDUM. Em regime de urgência, referendum é instrumento suficiente para que “todo o poder emane do povo e em seu nome seja exercido”. Mais tarde também recal e plebiscitum. Uma PEC (projeto de emenda constitucional) com meia dúzia de artigos reduziria a um texto singelo, porém eficaz, toda a reforma política de que o povo brasileiro necessita para concretizar a "folha de papel" de Ferdinando Lassalle (a constituição escrita difere da aplicada)...
    Muita discussão cria complexidade e acaba em nada; precisamos ser simples, práticos e objetivos. Nossa Constituição guarda no cofre a arma do povo: a sanção das leis (ou a promulgação) seguida da publicação é ato final que no processo legislativo cria a lei, põe-na em vigência e lhe confere obrigatoriedade “omnibus” (palavra latina - “para todos” na língua portuguesa. Daí, ônibus). Cabe ao Poder Constituinte Derivado (2o. grau) abrir o cofre e entregar ao eleitor a chave a que chamo referendum (aportuguesada, referendo). Basta uma PEC retirar do eleito (congresso nacional) e devolver ao eleitor o poder de referendar emendas constitucionais e demais atos legislativos.
    Continuaria a multifacetada representatividade territorial dos anseios da nação sendo exercida pelo parlamento. Exceto vigência e obrigatoriedade do cumprimento da lei em nada seria afetado o poder do parlamento (que – reconheçamos - hoje beira as raias do absolutismo, por isso que lhe reclamam moderação dois princípios constitucionais: a) democrático: b) republicano.
    O parlamento não perderia o papel de caixa de ressonância das aspirações populares – nas imagens que vemos na TV Câmara e na TV Senado - quais a proporcionalidade democrática entre os eleitos no exercício da apresentação e discussão de projetos: o controle de constitucionalidade e a identificação de finalidades e de interesses públicos. Tampouco se toca no poder de aprovação da lei pelo plenário da Casa Legislativa. A única mudança é devolver ao eleitor o poder de dizer sim ou não às propostas votadas por nossos procuradores.
    No território brasileiro o eleitor, ao referendar a lei conferindo-lhe obrigatoriedade (e eficácia), passará a exercer o poder popular tal qual no condomínio residencial exerce poder o condômino. O Síndico não aplica o dinheiro da taxa de condomínio fora das finalidades autorizadas em ata pelo condômino.
    A República Federativa do Brasil é condomínio dos brasileiros, posto que, sendo república é de todos (res pública = coisa pública) e por ser estado democrático o poder que ao condômino pertence dele deve partir e com ele permanecer para comando das suas ordens e controle dos seus “representantes”. Representante = aquele que representa. A representação se faz pela outorga de mandato (voto do eleitor). Mandato é instrumento procuratório. O poder do mandatário encontra limite no poder do mandante.
    Se o referendum (já previsto na Constituição) estivesse em vigência, o poder estatal não estaria concentrado no órgão Executivo e o eleitor teria dito NÃO a todo ato de desvio de finalidade do dinheiro público.
    (Segue...)

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  19. SÓ VOCÊ PODE SALVAR SEU PAÍS

    - Brasil Andrade Holsbach no 74º aniversário –

    Se, na profética sabedoria de Geraldo Vandré, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”, já passou da hora de caras pintadas e paneleiros colorirem espaços públicos e retumbarem tambores para exigir do Constituinte a adequação do texto constitucional (PEC) ao exercício da cidadania. Ser cidadão é não só outorgar procuração, mas revogar o mandato procuratório quando não lhe presta contas o mandatário ou, quando dizer sim ou não, se faz mister para aprovar ou rejeitar a lei votada pelo representante popular.
    A síntese seleciona uma palavra para o ponto de partida da passagem do estado liberal ao estado social, ou, em outros termos, passagem do poder nacional ao poder popular. A palavra mágica é REFERENDUM. Em regime de urgência, referendum é instrumento suficiente para que “todo o poder emane do povo e em seu nome seja exercido”. Mais tarde também recal e plebiscitum. Uma PEC (projeto de emenda constitucional) com meia dúzia de artigos reduziria a um texto singelo, porém eficaz, toda a reforma política de que o povo brasileiro necessita para concretizar a "folha de papel" de Ferdinando Lassalle (a constituição escrita difere da aplicada)...
    Muita discussão cria complexidade e acaba em nada; precisamos ser simples, práticos e objetivos. Nossa Constituição guarda no cofre a arma do povo: a sanção das leis (ou a promulgação) seguida da publicação é ato final que no processo legislativo cria a lei, põe-na em vigência e lhe confere obrigatoriedade “omnibus” (palavra latina - “para todos” na língua portuguesa. Daí, ônibus). Cabe ao Poder Constituinte Derivado (2o. grau) abrir o cofre e entregar ao eleitor a chave a que chamo referendum (aportuguesada, referendo). Basta uma PEC retirar do eleito (congresso nacional) e devolver ao eleitor o poder de referendar emendas constitucionais e demais atos legislativos.
    Continuaria a multifacetada representatividade territorial dos anseios da nação sendo exercida pelo parlamento. Exceto vigência e obrigatoriedade do cumprimento da lei em nada seria afetado o poder do parlamento (que – reconheçamos - hoje beira as raias do absolutismo, por isso que lhe reclamam moderação dois princípios constitucionais: a) democrático: b) republicano.
    O parlamento não perderia o papel de caixa de ressonância das aspirações populares – nas imagens que vemos na TV Câmara e na TV Senado - quais a proporcionalidade democrática entre os eleitos no exercício da apresentação e discussão de projetos: o controle de constitucionalidade e a identificação de finalidades e de interesses públicos. Tampouco se toca no poder de aprovação da lei pelo plenário da Casa Legislativa. A única mudança é devolver ao eleitor o poder de dizer sim ou não às propostas votadas por nossos procuradores.
    No território brasileiro o eleitor, ao referendar a lei conferindo-lhe obrigatoriedade (e eficácia), passará a exercer o poder popular tal qual no condomínio residencial exerce poder o condômino. O Síndico não aplica o dinheiro da taxa de condomínio fora das finalidades autorizadas em ata pelo condômino.
    A República Federativa do Brasil é condomínio dos brasileiros, posto que, sendo república é de todos (res pública = coisa pública) e por ser estado democrático o poder que ao condômino pertence dele deve partir e com ele permanecer para comando das suas ordens e controle dos seus “representantes”. Representante = aquele que representa. A representação se faz pela outorga de mandato (voto do eleitor). Mandato é instrumento procuratório. O poder do mandatário encontra limite no poder do mandante.
    Se o referendum (já previsto na Constituição) estivesse em vigência, o poder estatal não estaria concentrado no órgão Executivo e o eleitor teria dito NÃO a todo ato de desvio de finalidade do dinheiro público.
    (Segue...)

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  20. SÓ VOCÊ PODE SALVAR SEU PAÍS (seqüência)

    - Brasil Andrade Holsbach no 74º aniversário –


    A arma legislativa do ditador (decreto-lei eufemizado medida provisória) só entraria em vigor se referendada pelo voto popular - a vontade geral tem força para lhe desestimular o uso abusivo. Pouco restará à reforma política com o manejo do referendo. O petrolão e o mensalão escancararam pela mídia televisiva a fonte da corrupção: financiado pelo empreiteiro, pelo banco e até pela estatal, o político eleito transforma-se em mandatário do seu financiador de campanha – este sim, seu verdadeiro eleitor. Pois ao dizer sim ou não à lei elaborada pelo político, o eleitor retoma esse poder.

    SÓ MAIS UM LEMBRETE: o referendum quebra o poder absoluto dos partidos políticos. Os partidos têm donos. Você pode ser o melhor administrador ou legislador e está impedido de se candidatar. Quem manda é o cacique político. Não existe candidatura avulsa. Brizola e Collor criaram seus próprios partidos. E haja dinheiro de financiador... a ser devolvido com tributos pagos pelo contribuinte... Quem são os partidos mais ricos e poderosos? – PT e PSDB com PMDB fiel da balança. Convencionou a mídia (e petistas pregam abertamente) que na queda do PT o Brasil cai nos braços do PSDB – e dizem que respiramos democracia... Na verdade isso poderá ocorrer se o eleitor se deixar levar pelo poder da mídia. Se votar conscientemente o resultado será colhido na apuração das urnas e só então o vencedor será conhecido. De qualquer forma, vença quem vencer, a última palavra será do eleitor, sempre que referendar os atos praticados por aqueles em quem votou. "Todo poder emana do povo e em se nome será exercido" - impossível sem utilização do instituto do "referendum" - que suplanta o "cheque em branco do plebiscitum"...
    Plebiscito (como votei em 1961 quando Tancredo Neves e Brochado da Rocha – data vênia - faliram o sistema parlamentarista) só serve para interesses públicos de domínio geral, por exemplo, decidir entre monarquia ou república.

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  21. SE O VENTO ME LEVASSE II


    (por Brasil Andrade Holsbach)


    Se o vento me levasse
    pelos ermos onde andei
    e o Senhor me repassasse
    nas veredas que passei,


    o meu peito pulsaria
    com o sangue a ferver
    e outro beijo te daria
    como aquele que te dei...


    Navegava em belas nuvens
    no infinito azul do céu
    p’ra pegar os carneirinhos
    e botar no colo teu!


    E depois, num cisne branco,
    a singrar águas dos mares,
    namorava teus olhares,
    entre brisa e som dos ares...


    O poder do pensamento
    leva longe... bem distante...
    a tristeza, o sofrimento...
    a saudade delirante....


    Dava um beijo na tua face -
    agradecendo o amor que amei -
    se o vento me levasse
    pelos ermos onde andei!...



    Guaíra, 12 de junho de 2016 - 8h – 2 graus – DIA DOS NAMORADOS.

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  22. QUE VONTADE DE IR EMBORA
    (por Brasil Andrade Holsbach)


    A saudade já é tanta,
    dá vontade de ir embora...
    espremer o nó da garganta,
    derramar tudo p’ra fora...

    Abrir asas e alçar voo
    sem ligarp’ra onde ir;
    pouco importa p’r’ onde for
    pode ser qualquer porvir.

    Deletar gente qualquer
    p’ra deixar só na memória
    quem me ama e quem me quer
    p’ro epílogo da história...

    Pode ser isso loucura
    duma mente já cansada,
    mas me soa qual doçura
    nesta etapa da minh’estrada...

    Da pessoa que se finge
    de amigo verdadeiro
    me despeço qual a esfinge
    lá do alto do outeiro.

    P’ros amigos de verdade
    e p’ra pessoa bem querida
    deixo tudo que a bondade
    amealhou na minha vida...

    Já estou indo, já estou fora,
    estou chegando no espaço...
    Que vontade de ir embora...
    Só te deixo meu abraço!...

    (Guaíra, 11:15h, terça-feira, 17.05.2016.





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  23. No dia do seu 104º. aniversário de emancipação político-administrativa, brindo PONTA PORÃ – que, há mais de um século, abraçou em sua porta o Henrique (meu bisavô) da tedesca FAMÍLIA HOLSBACH, no final de uma saga recheada de aventuras, desde Santa Maria, Rio Grande do Sul, passando pela Argentina e pelo Paraguay...


    PONTA PORÃ DA HARPA E DA VIOLA
    (por Brasil Andrade Holsbach)

    Quando o sol desponta na linda manhã
    já passa da conta ser Ponta Porã,
    por isso quem nasce no belo rincão
    chega co’ a sina de ser bonachão!

    Melhora quem sente no seu coração
    a harpa que vibra no fronte irmão.
    Dois povos se ligam na linha sem nó:
    de duas cidades fazendo uma só.

    O gaúcho muda o que era sertão
    na nova cidade assim bela qual é,
    troca o chimarrão pelo tereré
    a cantar chamamé e tocar violão...

    A mente insólita melodia entoa:
    saudade, amor, melancolia, ecoam!...
    No acorde da harpa chora a viola
    e o canto dolente a alma consola...


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  24. NA JANELA DO PASSADO

    (por Brasil Andrade Holsbach)


    Como vento do deserto
    sopra distante e sopra perto,
    corre o mundo!... Vai e volta
    qual soldado na revolta,


    belo vulto se desponta,
    sem que possa me dar conta.
    E se senta lado-a-lado
    - na janela do passado!...


    É você, linda menina,
    a bailar na minha retina!...
    - Uma sereia mui querida!...
    A senhora da mi’a vida!


    Com o encanto de sereia,
    que se prende em doce teia,
    teus cabelos eu, no colo,
    passo as mãos sem protocolo...


    Oh querida, te amo tanto,
    que te estendo fino manto
    e te imploro que me beijes...
    - até saciar os meus desejos!


    Mas desperto e abro os olhos.
    Já não estou mais nos abrolhos!...
    Te esfumaças mui risonha...
    Me acordo do meu sonho!...



    Guaíra, florescer da primavera de 2016 - 24 de setembro.
    Brasil Andrade Holsbach

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  25. NA JANELA DO PASSADO II

    (por Brasil Andrade Holsbach)


    Como o vento do deserto
    sopra tonto, rumo incerto...
    E corre o mundo!... Vai e volta
    qual soldado na revolta...


    Um belo vulto se desponta,
    sem que eu possa me dar conta...
    E se posta ensimesmado
    na janela do passado!...


    É você, meu doce mel
    a surgir por traz do véu!...
    E me abrir esse sorriso
    que me leva ao paraíso!


    Não resisto teus encantos
    e me rendo em terno pranto!
    Caio preso nos teus braços!
    Não suporto mais cansaço!...


    Oh querida, te amo tanto,
    que te estendo fino manto
    e te imploro que me beijes...
    - até saciar os meus desejos!

    .-.-.-.

    Mas desperto e abro os olhos.
    Já não estou mais nos abrolhos!...
    Te esfumaças mui risonha...
    E eu acordo do meu sonho!...


    Guaíra, 01 de outubro de 2016.

    Brasil Andrade Holsbach

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  26. MI CANCIÓN GUAIREÑA


    Letra: CIRILO VENTURA FRANCO
    Música: DIOSNEL CHASE



    Soy bardo guaireño que en tierra lejana
    al son de las notas de mi mbaraká,
    hilvano los versos de tantas ausencias
    como ofrenda para tí, Guairá.

    Viejos sueños míos vagan por tus calles
    en noches de luna de pálida luz,
    y muchos amores viven en mi alma
    llenos de recuerdos de mi juventud.

    Zorzal andariego, todos los caminos
    de la patria anduve con inmensa fe,
    adonde llegara ciudad, campo, valle,
    amores y cantos siempre cultivé.

    Añoro tu cielo, tus verdes campiñas,
    felices momentos en Ykuá Pytá,
    donde cual palomas, tus hermosas hijas,
    emanan embrujos de blanco azahar.

    Tampoco olvido aquel jazminero
    bajo cuya sombre me nació un amor;
    tal vez el primero que anidó mi pecho,
    bañando mi vida con luz de ilusión.

    Hoy vuelvo trayendo flores otoñales
    y vengo buscando descanso y paz;
    encuentro más bellos tus cañaverales,
    tus cerros, tus lomas, tus noches, Guairá.



    Pesquisado e transcrito por Brasil Andrade Holsbach, em Guaíra, 04 de outubro de 2016 (para SOAGUA – Sociedade Amigos de Guaíra).

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  27. UM SONETO PRA MINHA MÃE

    (por Brasil Andrade Holsbach)



    Tirei a fotografia
    sem pensar que neste dia
    não teria a alegria
    que nas Quedas eu sentia.


    Minha mãe na cachoeira
    se mostrava mui faceira
    com os pés sobre a esteira
    das pedrinhas da pedreira...


    Hoje longe, junto a Deus,
    já não ouço: vem, meu filho!
    Toma o mate da chaleira!...


    Vem deitar nos braços meus,
    come o bolo de polvilho,
    senta aqui nesta cadeira!...


    Da Terra para o Céu, no 103o. aniversário de GLÓRIA LOLA HOLSBACH - a maior mãe do mundo: a mãe do Brasil!

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  28. PRA MINHA IRMÃ JANDIRA - UM SONETO DE ANIVERSÁRIO

    (por Brasil Andrade Holsbach)


    Hoje, tão distante, parece mentira...
    no pé d'horizonte, nascesse Jandira,
    antes do Haroldo e depois da Jambeira,
    debaixo dum toldo, nas mãos da parteira...


    Era dezenove do mês de novembro
    de quarenta e nove,se ainda me lembro...
    Papai nos cuidava: ficava alerta,
    das tábuas tapava as frestas abertas...


    Meu pai já não tenho na minha Guaíra,
    mas em Curitiba, não muito distante,
    minha irmãzinha aniversariante


    encurta a saudade da vida matante!
    Mui grato sou eu nesta bela manhã
    por ter o meu Deus, que fez minha irmã!


    Um beijo de aniversário, minha irmãzinha - Curitiba, 19 de novembro de 2016.
    Brasil Andrade Holsbach

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  29. ILHA DO DIABO OU CIDADE DE DEUS?!...

    (por Brasil Andrade Holsbach)


    Preocupado no seu canto
    de a Jesus fazer agrado
    nos propõe o Paulo Santos
    renomear Ilha do Diabo.


    Mas no Rio há uma cidade
    que de Deus, um Ser Sagrado,
    tem o nome... E é maldade:
    - só tiro pra todo lado...


    Não se esqueça da pessoa
    agarrada numa bíblia,
    a iludir que é coisa boa,
    simulando ser bom filho!...

    Ser do Diabo ou ser de Deus
    não depende da aparência.
    Isto está nos atos teus:
    é do ser a própria essência!...


    Pra você andar certinho
    vai ficar esta lição:
    Deus nos mostra o caminho
    e nos conforta o coração!...



    Curitiba, sábado, 26 de novembro de 2016.
    Brasil Andrade Holsbach





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  30. Primeira poesia de AMANDA, minha netinha:
    -.-
    "O dia amanheceu,
    Meu dente doeu,
    Meu pai percebeu...
    Que dor eu sentia
    no dente que eu via
    no espelho da pia!...

    Lembrei-me então
    a panela de pressão
    por sobre o fogão:
    Ufa!
    O buraco era só
    um grão de feijão!"

    Impressionado com a precisão da estrutura ritmica evidenciada pela musicalidade da escanção poética em versos pentassilábicos (redondilha menor), imaginei que a literariedade não fosse inata, mas fruto do ensino, já que AMANDA AVILA VARGAS DORNELES HOLSBACH SANTA RITTA chega nos 9 anos de idade e estuda numa boa escola. Resposta: ela fiz isso por conta própria!...

    Sugeri a minha netinha que continuasse a escrever o que - e como - lhe viesse à cabeça, nos caderninhos com capas cor de rosa ilustradas com desenhos infantis. E lhe recomendei: "não arranca as folhas. Coleciona os caderninhos e um dia poderemos imprimir seu diário de poesias infantis..."

    .-.-.-.
    -.-.-.-
    Minha resposta , em redondilha maior:

    .-.-.


    O AVÔ E SEUS NETINHOS

    (por Brasil Andrade Holsbach


    Visitei os meus netinhos
    numa noite de verão
    no Bairro de Água Verde
    - na Cidade do Pinhão!

    Uma poesia sobre o dente
    Amandinha me mostrou
    e com cânticos alegres
    Bianquinha me saudou!

    Pedo Vargas, com o pai,
    via um filme no sofá
    e Ilzaneiva, minha filha,
    preparava pão com chá!

    Sou feliz por ter família
    educada e unida,
    que me dá felicidade
    até antes da partida.

    Precisamos renovar
    o amor do Cristo ao pé da Cruz
    e em Guaíra celebrar
    o nascimento de Jesus!

    De Curitiba p/Guaíra, 08 de dezembro de 2016.
    Brasil Andrade Holsbach

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  31. Mote de facebook: “.Denise Aguilar Salve tu senhor Holsbach Brasil, reverencio aqui e Pátria mãe, E aqui como o pequeno colibri, trazendo no bico a energia de fé e esperança. Bom dia.
    Descurtir • Responder • 1 • 1 h


    TRIBUTO A GREGÓRIO DE MATTOS
    (por Brasil Andrade Holsbach)


    Por Denise Aguilar
    colibri vem me saudar:
    traz no bico a esperança
    de estar perto a bonança!

    O inimigo vem à espreita
    numa vala tão estreita,
    mui difícil de atacar.
    E é preciso avançar!

    Como o mote posto é o medo
    aproveito-me do enredo
    p’ra da freira aqui falar...
    Vamos todos escutar:

    Certa freira, um belo dia,
    foi a Matos dar bom dia
    e de logo cutucando
    pica-flor foi-lhe chamando.

    O poeta a retrucar
    foi de pronto declamar
    e pra freira fez proposta
    em bela rima de resposta:

    “Se pica-flor me chamais,
    pica-flor eu posso ser:
    que sendo de mim o pica
    e sendo de vós a flor,
    pica-flor pretendo ser”.

    Guaíra, manhã dum domingo chuvoso – verão de 2016 – 11 de dezembro.

    Brasil Andrade Holsbach – agradecido pelo bem que lhe faz o legado poético de Gregório de Matos Guerra.


    “ Gregório de Matos Guerra: o Boca do Inferno
    Gregório de Matos Guerra nasceu em Salvador (BA) e morreu em Recife (PE). Estudou no colégio dos jesuítas e formou-se em Direito em Coimbra (Portugal). Recebeu o apelido de Boca do Inferno, graças a sua irreverente obra satírica. “


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  32. CANTIGA DA “MELHOR” IDADE

    (por Brasil Andrade Holsbach – em versos eneassílabos)


    Se eu pudesse nascia de novo,
    p’ra de novo voltar a te amar,
    como o pinto renasce do ovo,
    p’ra ser galo e voltar a cantar.


    - Quem me dera!... No amor renascia,
    com mais força e vigor de que outrora;
    desta idade e do tempo eu fugia...
    - E fazia irromper nova aurora!


    P’ra quem ama o tempo não passa...
    O amor une o homem ao seu Deus.
    O amor é de Deus a argamassa
    com que liga a terra e os céus.


    No escuro da noite imensa,
    que antecede a vida eterna,
    o amor de Jesus é a lanterna
    que ilumina a estrada extensa!...


    Quando for vou deixar nesta vida
    a querida família que amei
    e na hora da minha partida
    com Jesus e Deus Pai estarei!


    Guaíra, 08 de janeiro de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach

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  33. A ESTRELA DE BELÉM – 2016
    (por Brasil Andrade Holsbach)


    Volta pra terra o luzeiro mais belo
    a mostrar a trilha que leva ao Menino,
    enquanto nos céus o mais belo hino
    cantam os anjos debaixo da estrela!


    “Esplêndidos orbes que o mundo aclarais”
    - diria Varela a falar de Jesus.
    “Montanhas audazes que o céu tapetais
    dobrai-vos ao vulto sublime da cruz!”


    E aqui estamos nós, nos lisonjeando,
    comendo e bebendo só pra festejar,
    enquanto nos céus ressoam os anjos
    a honra e a glória ao Senhor do Altar!


    E deixo estes versos em seus decassílabos
    para voltar à maior redondilha;
    volta o soneto de clássicas sílabas
    métrica sete pulando na trilha.


    -.-.-.-


    Contemple a bela hora
    do parto dum novo dia
    envolto num rubro véu:


    Raia pungente aurora!
    Rasga-se a fantasia!
    Tinge-se todo o céu!...


    Guaíra, rio Paraná – Nata 2016/Ano Novo 2017.

    Brasil Andrade Holsbach

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  34. IMAGEM POÉTICA DE UM PESCADOR
    (por Brasil Andrade Holsbach)




    Que bem me faz a poesia do poeta
    respirar,
    qual do mar a maresia o atleta
    transpirar!


    Contemplar água de sal a revoltar-se
    em caracóis...
    linha, marisco e peixe, a emaranhar-se...
    nos anzóis!...


    .-.-.-


    Tua imagem, lá, distante,
    vem à mente,
    tua cintura a ondular,
    suavemente...
    teus lábios rubros a insuflar,
    ardentemente...
    E os doces seios a oscilar,
    precocemente!...


    Essa saudade, minha amada,
    ainda me mata...
    O amor perdido, na distância,
    me maltrata!
    E esse mar, a estilhaçar
    ‘té caranguejos,
    vem atiçar, ressuscitar
    os meus desejos!...




    Guaíra, 20 de dezembro de 2016.
    Brasil Andrade Holsbach

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  35. SE EU PUDESSE!...

    (por Brasil Andrade Holsbach)


    Se eu pudesse, subia na estrela,
    não deixava você me fugir,
    pela escada da nuvem ia tê-la
    e de novo seu peito sentir!


    Mergulhava no fundo do mar
    e as mais lindas pedrinhas colhia
    para por no brilhante colar
    que te enfeita, minha estrela guia!


    Com as plantas dos pés sobre a areia
    as espumas da água afagava,
    a pensar que a encantada sereia
    abraçada a mim, me beijava...!


    E, na beira da praia, sentado,
    separava com as mãos as conchinhas
    pra matar a vontade danada
    de contigo brincar de casinha!....


    Me postava a olhar o horizonte
    para ver se teu vulto enxergava...
    a ondular entre o mar e mi’a fronte
    no estonteante sol que cegava!...


    E, no fim, de esperar, já cansado...
    co’ a esperança na água a nadar,
    retornava desesperançado...
    - p’ra no mundo real acordar!


    Guaíra, 10 de janeiro de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach


    bia

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  36. QUEM ROUBOU A MINHA HERA?

    (por Brasil Andrade Holsbach)


    Minha Igreja era tão bela!...
    Mas não é mais o que era!
    A mão política que opera
    lhe arranca até sua hera!...


    Mais um crime em Guaíra
    cometido por uma gente
    que se faz de inocente
    e mata mais de que traíra...


    Nossas quedas não rutilam
    - mortas pelos militares!...
    Que dizer se até os altares
    têm algozes que os mutilam?!...


    Já entregaram nossa herança
    - nossa história destroçaram -
    até o turismo já mataram...
    Já não temos nem barranca!...


    Isso foi e assim vai mal
    porque um povo sem cultura
    vai comer sem dentadura
    qual um burro no buçal.


    Dirigente que assim age
    sem controle do eleitor
    gasta a grana e faz bobagem
    sem vergonha e sem pudor!


    Já passamos da idade
    de pensarmos nós também
    no poder que o voto tem
    no futuro da cidade!...


    Ao tirar meu baluarte
    mutilaste minha arte!...
    - Que maldade me fizera
    quem roubou a minha hera!...


    Guaíra, 15 de janeiro de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach



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  37. SETE QUEDAS... SETE TOMBOS?!...

    (por Brasil Andrade Holsbach)


    Major Carvalho, com seu talento,
    em um momento de rara ira
    a revelar descontentamento
    com estes versos saudou Guaíra:


    “Se o maioral levasse Sete tombos
    e depois, humilhado, escapasse,
    com equimoses e alguns calombos,
    talvez das 7 Quedas se lembrasse”.


    Nosso Prefeito também faz festa
    se o contribuinte arrebenta a testa
    nas suas placas mal colocadas...
    E o Vereador? – Fiscaliza nada!...


    Que vai fazer o Heraldo Trento,
    novo prefeito desta Cidade,
    se a rigor (vou ficar atento)
    quer dar às obras continuidade?!...


    Nessa política ele foi eleito
    com o apoio do ex-prefeito
    senhor das placas mal colocadas
    que obstruem nossas calçadas.


    Talvez da placa ele se lembrasse
    se em vez de carro, ele passeasse
    ao cair da tarde pela calçada...
    - Meu Deus do céu! Quanta coisa errada!...


    Eu só não quero mais sete tombos
    qual Sete Quedas, nem mais calombos!
    Já dei meu voto e não estou disposto
    a ficar calado: lhe pago imposto!


    Guaíra, 30 de janeiro de 2017
    Brasil Andrade Holsbach – um contribuinte inconformado.


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  38. S O N E T O D O A M O R

    (por Brasil Andrade Holsbach)


    Amar é descer no inferno e subir ao infinito;
    viver a dor na terra e no céu o gozo estrito;
    Transpirar no verão, tremer no inverno...
    E pro seu par sorrir mesmo estando aflito
    (sem guardar as mágoas nas folhas do caderno).



    Amar é respirar junto o mesmo ar!
    É repartir a escova e dividir a cama!
    É levar a vida num eterno trocar...
    É acender e reacender a mesma chama!...



    Amar é a fé num Deus que é Onipotente,
    de quem segue o ensinamento de Jesus
    entre espinhos e muita dificuldade!



    Jamais cede ao demo, mesmo sorridente,
    porque ter amor e ter fraternidade
    é ter um Cirineu pra aliviar a sua cruz!



    Guaíra, 20 de fevereiro de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach


    -.-


    Post scriptum: Desconsidere o verso entre parêntesis, porque a estrutura clássica do soneto não comporta 15 versos (são 2 quartetos e 2 tercetos).
    Então, por que essa excrescência? – Simples: a desgraça do casal é esse caderninho. A cada discussão lá vem ele a ressuscitar defuntos... e ninguém dá o braço a torcer...

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  39. MINHA NINFETA
    - Brasil Andrade Holsbach –


    Desde meu primeiro inverno
    sinto a saudade danada
    da infância idolatrada
    e da juventude eterna!


    Tudo muda, até a estação!
    Muda a mata e a cidade,
    só não muda esta saudade
    que me esmaga o coração!


    Não te sinto mais, guria,
    a aquecer minha cintura!
    Tu mudaste, criatura,
    minha noite, agora, é fria!


    Mas parece inda recente
    o lindo sonho da ninfeta,
    encantada e mui risonha,


    cujo beijo, ainda quente,
    misturado com confete,
    me sustenta em terna insônia!


    Guaíra, 12 de junho de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach


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  40. AMAR A VIDA É VIVER NA NATUREZA

    (por Brasil Andrade Holsbach)


    O alegre chilrear dos pássaros no galho
    cujas folhas se refestelam e farfalham,
    produz murmúrios de preces e saudades
    em contraste com o estresse da cidade!


    N’ água da sanga canta o fio vivido
    num eterno deslizar de momentos idos!
    Cristalina nascente desperta a lembrança
    de cantiga de roda... ciranda... criança!


    Repousam acalantos de doces momentos
    sob a alcatifa surrada, envelhecida,
    na relva em que jaz o que foi da beleza!


    Cuide ao pisar na mata o sedimento
    pra não maculares os prazeres da vida!
    Amar a vida é viver na natureza!



    Guaíra, 03 de março de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach

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  41. EU SOU TEU ADÃO
    (por Brasil Andrade Holsbach)


    No clarão da lua
    te vejo na praia,
    sem meia nem saia
    - mostrando-se nua!


    Sonhando na areia,
    em corpo tão belo
    de maga donzela,
    meu senso mareja...


    Sorris, minha Eva,
    no meu paraíso
    - desnuda no chão!


    Me cresce o desejo!
    Me falta o juízo!
    Eu sou teu Adão!...

    ____
    Guaíra, 27 de junho de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach


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  42. ESTENDA A MÃO A UMA CRIANÇA

    (por Brasil Andrade Holsbach)


    Ao falar com os judeus
    sobre a pureza da alma
    diz Jesus com toda calma
    mas com força de um Deus:


    Dispa a roupa da vaidade!
    Se transforme num menino!
    Largue mão de ser cretino!
    Põe no chão a falsidade!


    Quem quiser seguir Jesus
    estende a mão a uma criança
    pra viver fraternidade!


    Carregando Sua cruz,
    leva fé e esperança
    para toda a humanidade!


    ___
    Guaíra, 24 de junho de 2017.
    Brasil Andrade Holsba

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  43. MADRUGADA, LUA CLARA (II)

    - Brasil Andrade Holsbach –


    Madrugada, lua clara,
    minha alma se declara!
    No esplendor, qual uma flor,
    desabrocha meu amor.

    Sobre o zênite azul,
    entre estrelas do luzeiro,
    noite calma, céu fagueiro,
    surge o cruzeiro do sul.

    E, nos braços dessa cruz,
    certo Deus-Homem Senhor
    jaz em pé dependurado!

    É o meu irmão Jesus,
    a sentir da morte o horror,
    pra perdoar o meu pecado!...


    Guaíra, 22 de junho de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach

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  44. VAGANDO SEM RUMO


    - Brasil Andrade Holsbach -


    ‘Stou sempre vagando, sem rumo, sozinho!...
    No vale da estrada, no prado, no monte...
    Não importa onde esteja! Não tenho destino!...
    Por mais que caminhe, não vejo horizonte!...


    Quando à noitinha vem a tempestade
    e o frio da noite meu corpo congela,
    dá um nó na garganta, me aperta a saudade!
    Me deito e cochilo sonhando com ela!


    Assim levo a vida num mundo finito,
    não nutro maldade nem guardo riqueza
    e desfruto dos frutos que Deus fez pra mim.


    Não tenho dinheiro nem falo bonito.
    Adeus, falsidade! Só visto pureza!
    E sigo meu rumo num mundo sem fim!


    ___
    Guaíra, 29 de junho de 2.017.
    Brasil Andrade Holsbach



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  45. QUEM É ESSE VATE?

    - por Brasil Andrade Holsbach -

    ____
    Quem é esse vate
    que tão sutilmente,
    meu peito dormente,
    mi’a vida renasce?


    Quem dera quisesse
    afogar-se em meus beijos,
    matar meus desejos,
    prender-me em seu “S”!


    Serás minha bela,
    meu mundo de sonhos,
    mi’as noites, mi’a fada?


    Te quero, donzela,
    te espero risonho,
    não penso mais nada!...


    ____
    Guaíra, 20 de julho de 1017.
    Brasil Andrade Holsbach.

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  46. MEUS SETENTA E SEIS
    - por Brasil Andrade Holsbach –
    ____
    Dia doze deste mês
    de dois mil e dezessete,
    com um seis depois dum sete
    completei setenta e seis.
    De parentes e amigos
    só carinhos e afagos!
    Com os olhos marejados
    agradeço e a Deus bendigo!
    Na sombra do ingazeiro
    armo a rede e me balanço
    com o peito apertado
    recordando do braseiro
    que aquecia a criança
    no inverno do passado!
    ____
    Guaíra, 17 de julho de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach


    NA TAÇA DA TASSINHA

    (por Brasil Andrade Holsbach)


    Quando a viola vira lira
    em melódicos acordes,
    emoção que dorme acorda,
    bocejando teus suspiros!


    Vendo a terra iluminada
    pela luz da lua cheia,
    meu coração serpenteia
    - bate forte, apaixonado!


    A roseira dá espinho
    mas também dá linda flor
    onde a aranha arma a rede!


    É na taça da Tassinha,
    nesse mago céu de amor,
    que sacio minha sede!

    ___
    De Guaíra p/São Paulo, 07.07.2017 – aniversário de Tássia Holsbach (minha prima compositora e cantora).

    ____


    NA CIRANDA DO TEMPO

    - Brasil Andrade Holsbach –

    No flagelo deste inverno
    eu me lembro do menino
    a correr no sol a pino
    - numa juventude eterna!

    Tudo passa, nada fica!
    Passa acorde e melodia...
    Passa a noite e passa o dia
    - passa a água pela bica!

    Não te sinto mais, guria,
    a aquecer minha cintura!
    Tu passaste, criatura,
    minha noite agora é fria!

    Mas me resta a esperança
    que passado o frio inverno
    vai voltar o meu verão!

    Vou pular como criança,
    vou despir-me deste terno,
    vou vestir nova estação!...

    _____
    Guaíra, 01 de julho de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach


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  47. UM BRINQUEDO DO PASSADO

    (por Brasil Andrade Holsbach)


    Como a areia que contemplo
    deposita em floreio
    os segredos que no seio
    já guardou por longo tempo,

    eu, no tempo do meu tempo
    nesta estrada tão distante,
    te revejo a todo instante
    e te guardo no meu templo!

    Com você sonho, menina,
    nesse vestido folguedo,
    a postar-se a meu lado,

    a voltar na mi’a retina,
    transformar-me em teu brinquedo
    - um brinquedo do passado!

    Curitiba, 25 de agosto de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach.

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  48. NO CARROSSEL DA ILUSÃO
    (por Brasil Andrade Holsbach)


    No carrossel da ilusão,
    girando na fantasia
    do mago céu de alegria,
    segurei a tua mão.
    .


    Lá se foi a mocidade
    - lá se foi o carrocel!
    Lá se foi o doce mel
    - lá se foi a flor da idade!


    Qual da fonte a correnteza
    leva as águas pro alto mar,
    a ciumeira traz quebranto,


    da alegria faz tristeza,
    torna amargo o doce amar,
    desencanta todo encanto!

    ___
    Curitiba, 03 de setembro de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach

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  49. UMA DOENÇA QUE DOUTOR NÃO CURA
    (por Brasil Andrade Holsbach)

    __
    Flecha cupido de primeira mão
    leva o feitiço da estricnina
    que contamina a ingênua menina
    com doença estranha no coração!

    Corre ao Doutor sentindo mor dor
    a mãe que soluça entre meios suspiros
    e espera na cura da febre caipira
    ver na sua filha um sorriso em flor!

    Mas a doença que a jovem atormenta
    não tem diagnóstico na medicina
    - sequer farmácia que lhe dê remédio.


    Só lhe dá cura quem lhe corresponda
    em magos abraços de adrenalina
    - e beijos de amor que brotem do tédio!

    __
    Guaíra, 08 de agosto de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach




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  50. NAVEGANDO NUM SONETO

    (por Brasil Andrade Holsbach)




    Se o vento me levasse
    num soneto que escrevi
    e o meu Deus me repassasse
    nos lugares que te vi,


    que do tempo eu faria
    pra não mais eu te perder?
    Qual dos laços lançaria
    que pudesse te prender?


    - Pelas nuvens correria
    ‘té pegar um carneirinho
    e em teu colo eu brincava!:


    Tudo isso e mais faria
    pra de ti ter um beijinho
    se em tua nave eu navegava!...


    Guaíra, 10 de setembro de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach




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  51. SUSPIROS DO PASSADO

    (por Brasil Andrade Holsbach)

    ___
    Já não conto mais suspiros
    ao escrever esta poesia
    navegando na magia
    desse céu que me inspiras!


    Na tua imagem que é meu tudo,
    a pratear na lua cheia,
    meu coração incendeia,
    perco a fala, fico mudo!


    Que fazer pra que me queiras?
    - És a bela da Cidade
    e eu simples sertanejo!


    - Já me vou pra lá da beira
    quando em minha mocidade
    tudo dava por teus beijos!...

    ___
    de Guaíra p/Curitiba, 20 de setembro de 1917
    Brasil Andrade Holsbach

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  52. NUNCA FUI FILHO DA PÁTRIA

    (por Brasil Andrade Holsbach)
    __

    Aos dezoito anos de idade tive que me apresentar
    pro serviço militar na Junta do meu Estado.
    O doutor que me olhou de pronto me dispensou:
    “Você tem os dois pés chatos muito ruim de por sapatos”!...

    Com a morte do meu pai trabalhei desde a infância
    e fundei até uma APAE pra ajudar outras crianças!
    Estudei, plantei ensino, conquistei muitos amigos.
    Vivo fora de perigo: com Jesus sigo minha sina.

    Nunca fui filho da pátria preparado para a guerra
    na defesa da Nação combatendo o mau irmão:
    Ora acerto, ora erro, jamais sigo a contramão!.

    Mantenho no pensamento que na luta peito ao vento
    já tracei caminho certo: sou valente, mato ou morro...
    sigo o lado que der certo... Quanta astúcia!... Sempre alerta!...

    ___
    Curitiba, 25 de setembro de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach

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  53. A ARTISTA, O ANTÚRIO E A GLORIOSA
    (por Brasil Andrade Holsbach)
    ___
    Em honra do antúrio, formando guirlanda,
    a gloriosa se expande num arco gracil!
    - Que mistério impulsiona essa artista febril
    no mundo das flores dançando ciranda?

    Seu nome mantenho em suspenso segredo!
    Como em Capitu do nosso Machado
    não há quem se gabe de ter encontrado
    qualquer traição na trama do enredo,

    eu sei onde está essa flor tão mimosa:
    em simbiose de amor ela brinca co’ a sorte
    exalando perfume... qual flor de jasmim!

    - Pois é que ela própria já nasce gloriosa
    no parto da vida... Se esquiva da morte
    e eleva-se em garbo sorrindo pra mim!...

    ___
    Guaíra, 19 de novembro de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach

    __
    Homenagem a minha tia e a minha irmã:
    - TILDE DA CONCEIÇÃO HOLSBACH – 98 anos de vida simples e saudável;

    - Jandira Andrade Holsbach – 68 anos semeando semente da boa... e colhendo bons frutos que planta...

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  54. ___
    QUEM DERA FOSSE UM PATINADOR
    (Brasil Andrade Holsbach)
    Quem dera, fosse um patinador,
    pra deslizar nos passos do vento,
    me equilibrar no teu sentimento
    e cair nos braços do teu amor!
    Seguir pra frente pra onde for
    teu rumo solto em qualquer caminho,
    por no teu ninho o meu raminho
    e molhar minha pele no teu suor!
    Voar nas asas do m´or condor
    por nuvens brancas, no azul celeste,
    - no paraíso do nosso Céu!
    Descer veloz e apanhar u´a flor
    pra por na veste que a vestal veste
    sonhando o sonho do himeneu!
    ___
    Guaíra, 14 de novembro de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach

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  55. Holsbach Brasil
    9 de novembro às 09:21
    NASCIMENTO DUM POETA
    (por Brasil Andrade Holsbach)
    Como a roseira dá lindas rosas,
    da mente poeta belas mensagens
    surgem e formam fremes imagens,
    em magos dizeres e cores mimosas!
    São teias que fazem na mente poética
    ritmado tropo bailar à escansão,
    dizendo o que diz servil coração,
    sem cravo na rima que fira a estética!
    É assim que nasce um novo poeta
    que segue os conselhos da literatura
    para compor um poema que encanta.
    Diz o que entende singelo exegeta,
    em pleno concerto com as estruturas,
    envolto em nuvem em forma de canto!
    ___
    Guaíra, 09 de novembro de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach

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  56. POEMA CONSTRITO
    (por Brasil Andrade Holsbach)
    ___
    Tem hoje na roça poema constrito
    nascido do atrito que a alma destrói
    - da incompreensão, que gera o conflito
    o coração corta e o enlace corrói!...

    Deixar-me implodir de fora pra dentro
    sem nem resistir tão vil sentimento?
    - Não é meu feitio entrega sem luta,
    pois é na labuta que a arma se esquenta!

    Então, pé na tábua e em Deus fé de aço,
    que é no compasso do beijo e do abraço
    que corpos frementes na cama se entendem!

    Só espero que entendas e me compreendas
    que o perdão constrito solve a contenda
    e amantes relaxam na brisa da tenda!...

    __
    Guaíra, 06 de novembro de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach

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  57. F L O G I L
    (por Brasil Andrade Holsbach)

    FLOGIL se balouçava ao ondular das águas do rio Paraná no pontal da ilha Pacu. O beijo das águas na proa do barquinho se misturava com o calor das bocas dos amantes e se elevava no ar em acordes românticos, a enriquecer a sinfonia dos pássaros com o murmúrio espiritualizante da atmosfera lírica – no paraíso da natureza que se completava com os estrondos dos Saltos das 7 Quedas!

    Florinda Morel e Losanto Gil tomavam chimarrão na proa do barco. Conversavam sobre o futuro do filhinho e dos parentes que abrigaram. Felizes, trocavam olhares que se refletiam no espelho do destino. Juntos eles eram Flogil - o nome do barquinho. Uma simbiose de Florinda e Gil: os namorados eternos!

    Mas, na esteira da narrativa bíblica, uma cobra peçonhenta travestida em sereia loura exibiu a Gil sua maçã e desmontou FLOGIL levando Gil e transformando Flor Linda numa triste Cinderela! Até que,em plena festa natalina, Florinda subiu aos céus com o Menino Jesus!..

    ___
    No epílogo desta tarde, Gil também se despediu dos amigos na capela mortuária do Cemitério Municipal de Guaíra, sem decidir se reencontraria Florinda e reconstruiria o barquinho Flogil (para pescar com São Pedro) ou permaceria atrelado à sedutora sereia (que, estranhamente, sobrevivia fora das águas do rio Paraná)!...

    Penetrava nos ouvidos do Sgt Losanto Gil a voz da oradora que lhe encomendava a alma e dizia: “Lurdes foi uma boa companheira”...

    Porque a encomendadora de almas não falava da Florinda e da exemplar família Flogil?!...

    ___
    “Sic transit gloria mundi”.
    ___

    Guaíra, 28 de outubro de 2017.
    Brasil Andrade Holsbach

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  58. A M A R
    (por Brasil Andrade Holsbach)

    Amar é remar no infinito,
    navegar na imensa amplidão,
    partilhar sentimento bonito
    no compasso de dois corações!

    É ritmar acorde com melodia
    para cantar uma linda canção.
    É da tristeza parir novo dia
    com raios de sol a espraiar pelo chão!

    Amar é preencher meu vazio
    com teus ais e desejos calientes
    - até a última curva da estrada.

    Mergulhar os meus dias sombrios
    nos lençóis dessas noites silentes...
    E acordar junto a ti, abraçado!

    __
    Brasil Andrade Holsbach

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  59. A M A R
    (por Brasil Andrade Holsbach)

    Amar é remar no infinito,
    navegar na imensa amplidão,
    partilhar sentimento bonito
    no compasso de dois corações!

    É ritmar acorde com melodia
    para cantar uma linda canção.
    É da tristeza parir novo dia
    com raios de sol a espraiar pelo chão!

    Amar é preencher meu vazio
    com teus ais e desejos calientes
    - até a última curva da estrada.

    Mergulhar os meus dias sombrios
    nos lençóis dessas noites silentes...
    E acordar junto a ti, abraçado!

    __
    Brasil Andrade Holsbach

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  60. QUEM SABE?!

    - por Brasil Andrade Holsbach –


    Quem sabe? – Quem sabe,
    no fim d’horizonte,
    bela flor de abra
    muito além da ponte
    - e ligue dois vates
    que fluem da fonte!

    Do verso e da prosa
    a imagem se expande
    no amálgama rosa
    da verve do sangue!
    -E a prosa chorosa
    em verso resplende!...

    Quem sabe o destino,
    no dia do encontro,
    desvende o carinho
    que envolto se encontra!
    - E os dois canarinhos
    se beijem num canto!
    ___
    Quem sabe!... Quem sabe?!...
    ___
    Guaíra, 27 de outubro de 2.017.
    Brasil Andrade Holsbach

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  61. NA CANTIGA DO CANÁRIO
    (por Brasil Andrade Holsbach)

    Na cantiga do canário
    vivo o mundo de outrora,
    quando o canto que ora choro
    vibrava num santuário!

    Mas na vida tudo passa,
    ´té o elo da liberdade,
    que se espreme na cidade
    e folga dentro da mata!

    Hoje, dentro da gaiola,
    bem longe da sua amada
    - preso o canário mora!


    Qual eu, vive na degola
    c’o’ a alma destroçada...
    E a própria cantiga chora!

    ¬¬¬
    Guaíra, 23 de outubro de 2.017.
    Brasil Andrade Holsbach

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  62. PASSA A NUVEM PASSAGEIRA
    - por Brasil Andrade Holsbach –

    Passa a nuvem passageira
    bem depressa, bem ligeira
    carregando trás pra frente
    um mistério no seu ventre!...

    Quanto tempo ainda leva
    pra levar ao seu destino
    frágil sonho peregrino
    novelado no enredo?

    - Vai a nuvem mui depressa,
    pressurosa, sem demora
    a cumprir ignota sina...

    - Que mistério em tanta pressa?
    - Vai que embarco e vou-me embora
    no meu mundo de menino!...

    __
    Guaíra, 20 de outubro de 2.017.
    Brasil Andrade Holsbach

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  63. NA ONDA DO TEMPO
    - por Brasil Andrade Holsbach –

    Na onda do tempo
    meu tempo se passa,
    se esvai na fumaça
    do meu sentimento!

    Me prende ao amor
    do tempo passado
    que vem arrastado
    no retrovisor!

    E amigos de infância
    - de banhos na bica
    em coqueiro talhada –

    conservam à distância
    memória tão rica
    da infância dourada!

    __
    Guaíra, 19 de outubro de 2.017.
    Brasil Andrade Holsbach

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  64. Década de 60. Guaíra. Vila Velha. Madrugada fria.
    Próximo das casas do Catalino Recalde e do Major Valença, um grupo de madrugueiros bebia mais um defunto. Tenente Vinício, mãos cruzadas sobre o peito, repousava placidamente num caixão recoberto de flores. Das velas da cabeceira pingos de cera derretida quebravam a concentração.
    Entra empertigado Sargento Marinho, luta por aparentar sobriedade e tenta manter-se em pé na frente do amigo. Olha para os lados, tira um cigarro da carteira, apalpa os bolsos.... Vinício continua impassível. Marinho se abaixa, encara o defunto... e acende o cigarro na vela cintilante....
    Aí eu ri... e minha risada quebrou o silêncio da noite...

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  65. SONETO DA SAUDADE
    (em redondilha maior)
    ____

    Quero tanto ser amado,
    sufocado por teus beijos...
    Venha logo, minha fada,
    vem saciar os meus desejos!


    Belo pôr-de-sol vermelho
    a pintar momentos magos...
    - Eu contigo nos meus pagos
    circundado por ovelhas!


    Da sanga ao pé sentemos
    no sussurro da corrente...
    Da corrente dos teus braços...


    Num só laço enlacemos
    todo o amor efervescente...
    Não demore, aperte o passo!


    ____
    Curitiba, 26 de janeiro de 2018.
    Brasil Andrade Holsbach

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