domingo, 15 de janeiro de 2012

Franceses no RS: os Lacroix (2)

Franceses no RS: os Lacroix (2)
Autoria de Diego de Leão Pufal
[dúvidas, acréscimos e correções, escreva para diegopufal@gmail.com]


[Esta publicação pode ser utilizada pelo(a) interessado(a), desde que citada a fonte: PUFAL, Diego de Leão. Franceses no RS: os Lacroix (2)in blog Antigualhas, histórias e genealogia, disponível em http://pufal.blogspot.com.br/] 
[publicado em 15/01/2012]
[atualizado em 09/03/2023]

Em outubro de 2010 veiculei a genealogia de outro ramo Lacroix, vindo dos Baixos-Pirineus, estabelecido em Rio Grande e, depois, em Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul (v. http://pufal.blogspot.com/2010/10/franceses-no-rs-vii-os-lacroix-1.html).
Hoje, cuidarei da descendência de Marcelino Domingos Lacroix (no Brasil) ou Marcel Dominique Lacroix Cartau (França), radicado na fronteira da Argentina com o Rio Grande do Sul, na cidade de Itaqui, o que sugere tenha emigrado da França para a Argentina ou o Uruguai e de lá para o Brasil.
Segundo informações repassadas pelo pesquisador Gerson de Oliveira, em junho de 2020, com base no passaporte datado de 3.2.1838 de CARTAU Marcel Dominique Lacroix em Montevidéu, teria ele nascido na cidade de Bagnères-de-Bigorre, Hautes-Pyrénées.
Ao que parece, este Lacroix emigrou sozinho para o Brasil talvez na década de 1840, exercendo a função de caixeiro viajante e, mais tarde, comerciante estabelecido em Itaqui/RS.
Marcelino Domingos Lacroix,
fotografia do acervo de Cynthia Filártiga Lacroix
Tal conclusão se extrai de um salvo-conduto encontrado no Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul (AHRS), concedido a Marcelino Domingos Lacroix em 02/10/1845, pelo qual foi autorizado, na qualidade de estrangeiro, a se deslocar de Porto Alegre a Pelotas. Por ocasião, Marcelino foi assim qualificado: natural da França, negociante, com destino a Pelotas, 24 anos, estatura alta, rosto comprido, cabelos castanhos, olhos pardos, nariz e boca regulares, cor clara e barba rasa (AHRS: Fundo da Polícia, Códice 140, passaportes 1845/1846, Porto Alegre).
Já em setembro de 1877 Lacroix foi testemunha de uma justificação de ausência realizada no inventário de Antônio Fernandes Lima, quando declarou contar com 55 anos de idade, natural da França e de profissão comerciante (APRS: inventários).
A descendência de Marcelino Domingos Lacroix é bem expressiva se comparada àquele outro ramo, sendo que muitos ainda hoje levam o sobrenome, como se pode ver da genealogia que segue:

1. MARCELINO DOMINGOS LACROIX (na França: Marcelline Dominique Lacroix Cartau), nasceu a 22/12/1821 na cidade de Bagnères-de-Bigorre, Hautes-Pyrénées, França e faleceu a 30-06-1898, Itaqui (inventário n. 79/1898, Itaqui, APERS, autuado em 01/08/1898, tendo sido inventariante a viúva Cândida Barbosa Lacroix, cuja assinatura consta, indicando ter sido bem letrada).
assinatura de Marcelino Domingos Lacroix

O total da herança deixada por Marcelino foi de 71:910$464 réis, composta pelos seguintes bens: um galpão de material em mau estado no Beco São Patrício n.º 02, em Itaqui; uma casa de material no mesmo Beco, n.º 4; um terreno cercado de pedras no mesmo local, n.º 8; uma casa de material à Rua 15 de Novembro, n.º 3; outra na mesma rua, n.º 5; uma meia água de material na rua do Ipiranga, n.º 6; outra na Rua Aristides Lobo, n.º 5; outra na mesma rua, n.º 10; um terreno com esquina na mesma rua; um galpão; metade de um terreno cercado de pedra na Rua Aristides Lobo; metade da chácara que foi de João Baptista Marenco, nos arrabaldes da cidade, à Rua Senador Pinheiro Machado, n.º 7; metade de um terreno na mesma rua, cercado de pedra; uma parte de campo no Município de Santo Ângelo, em seu 3 distrito, no local denominado Umhú-caru (sic) com oito quadras de sesmaria; uma pequena parte no estabelecimento no Município de São Borja, no lugar do Carnny (sic), pelo falecimento do sogro Manuel Francisco Barbosa; em mercadoria na casa comercial em Itaqui (13:334$497 réis); ações do Theatro Prezewodowski, em Itaqui; em dinheiro líquido a quantia de 11:353$552 réis.
Marcelino foi filho de Cartou Lacroix e Marie Therése Bauix (para alguns: Boniz), os quais, em princípio, não emigraram para a América. Ao que parece, Cartou e Maria Thérese tiveram a filha Francine Cartou Lacroix, falecida na França solteira, conforme se verifica de um requerimento feito pela sobrinha Maria Cândida de outorga de assentimento do ano de 1899. 
Marcelino casou-se a 20/06/1856 em Itaqui (registrado em São Borja/RS) com Maria Cândida Barbosa (às vezes Francisca Cândida Marques Barbosa), nascida em 1840 e falecida em Itaqui depois do marido.
Maria Cândida Barbosa, fotografia
enviada por Cynthia Filártiga Lacroix.
Maria Cândida Barbosa foi filha de Manuel Francisco Barbosa Júnior (n. Florianópolis, SC; casado a 28/04/1832 em Porto Alegre/RS e falecido a 14/07/1892, Santiago do Boqueirão/RS) e de Cândida de Souza Marques (nasceu a 07/03/1817, bat. a 11/04, Porto Alegre/RS e fal. 1896, Carovi, distrito de Santiago do Boqueirão), neta paterna de Manuel Francisco Barbosa (n. São Gonçalo de Sapucaí, MG, casado a 13/8/1809 em Florianólis/SC) e de Eufrásia Joaquina Rosa (n. Santo Antônio de Lisboa em Florianópolis, SC), neta materna de Joaquim de Souza Marques (n. 08/05/1784, bat. 16/05, Porto Alegre) e de Carolina Joaquina de Jesus (n. 08/06/1792, bat. 15/06, Viamão/RS). Por Manuel Francisco Barbosa, bisneta de Francisco Barbosa Sandoval e de Maria Antônia da Conceição, cuja ascendência pode ser vista no blog do genealogista Roberto Sandoval: http://rlavodnas.blogspot.com.br/. Por Eufrásia Joaquina da Rosa, bisneta de Joaquim de Espíndola e Joaquina Rosa de Jesus. Por Joaquim de Souza Marques, bisneta de João de Souza de Ávila (n. Laguna/SC, filho de Antônio de Ávila Machado e Maria do Rosário, açorianos da ilha de São Jorge) e de Teresa Maria de Jesus (n. Rio Grande/RS, filha de Manuel Ferreira da Costa, da ilha Terceira, e de Águeda de Nazaré). Por Carolina Joaquina de Jesus, bisneta de Manuel de Souza Feijó (n. 19/05/1753, São Roque, ilha de São Miguel, Açores e fal. 03/09/1835, Viamão/RS, filho de João Feijó e Francisca do Nascimento) e de Inácia Felicidade de Santa Clara (bat. 24/08/1764, Viamão, onde fal. a 14/07/1822, filha de Luís Ferreira Velho e de Francisca Mariana, naturais da Freguesia de Santa Bárbara das Nove Ribeiras, ilha Terceira, Açores).


Manuel Francisco Barbosa e Cândida de Souza Marques tiveram os filhos:
1. Maria Marques Barbosa casada com Joaquim de Sousa Marques.
2. Manuel Francisco Barbosa Filho, n. 8/8/1834, Rio Pardo/RS.
3. Josefina Barbosa Marques casada com Firmino Martins dos Santos.
4. Cândida Barbosa Marques casada com Marcelino Domingues Lacroix.
5. Joaquim Marques Barbosa, n. 15/8/1840, Lapa/PR.
6. Maria Dolares Marques Barbosa, n. 3/8/1833, Porto Alegre/RS. Casada com Luis Gonçalves Pacheco.
7. Eufrásio Marques Barbosa, n. 29/1/1844, Lapa/PR.
8. Castorina Marques Barbosa  casada com Pedro Antonio de Miranda
9. Laurinda Marques Barbosa casada com Felisberto Costa Furtado
10. Carolina Marques Barbosa casada com João Gustavo Mongardey (tiveram os filhos: Raul Pedro, Maria Cecília, Armand, Goutran, Isolina, Antonieta e Heitor).
11. Laurindo Marques Barbosa (teve os filhos: Isolina casada com Hemetério Antunes de Oliveira, Honorina casada com Florêncio de Medeiros, Ernestina casada com Basílio Fabrício da Silva, Napoleão Antunes Barbosa, Garibalde Antunes Barbosa e Homero Antunes Barbosa).
registro de casamento de Marcelino Domingos Lacroix 
Marcelino e Maria Cândida foram pais de, no mínimo, 14 filhos:
2.1 capitão Rodolpho José Lacroix, n. 1856 ou 1859, Itaqui (em 1898 contava com 42 anos, viúvo), onde fal. 09/03/1902 e onde casou a 19/06/1880 com Maria Isabel Fernandes Lima, ali n. em 1864 e fal. 31/10/1888, filha do coronel Antônio Fernandes Lima (bat. 1804, Santa Maria/RS e fal. 17/08/1875, Itaqui) e de Maria Eulália Dubal (n. 1845, Itaqui, onde em 1887 já era falecida). Houve 4 filhos:
3.1 Latino Fernandes Lacroix, n. 24/03/1881, bat. 04/05/1881, Itaqui. Em 1902 residia em Santa Maria. Faleceu a 15/06/1942, São Leopoldo (inv. n. 136/1942, São Leopoldo, APRS), com 61 anos em sua residência, à Rua José Bonifácio, n. 708. Latino foi tenente e dá nome a uma rua em São Leopoldo. Casou com Georgeta Araújo, com quem teve:
4.1 Syrius Araújo Lacroix, n. 1899, em 1942 casado com Diva Alexandre, residentes em Sapucaia do Sul.
4.2 Isabel Araújo Lacroix, n. 1900, em 1942, solteira.
4.3 Eça Araújo Lacroix, n. 1912, em 1942 solteiro, bacharel em direito. Casou-se com Clecy Moraes, com quem teve quatro filhos. 
4.4 Alice Araújo Lacroix, n. 1916, em 1942 já c/c Coracy Prates da Veiga, bacharel em direito e residentes em Porto Alegre.
4.5 Ana Araújo Lacroix, n. 1918, em 1942 já c/c o Dr. Carlos Thompson Flores, juiz de direito em Rosário do Sul, chegando a Ministro do Supremo Tribunal Federal. Carlos nasceu a 26/01/1911 em Montenegro/RS e faleceu a 16/04/2001, Porto Alegre, filho do dr. Luiz Carlos Reis Flores e Francisca Borges Fortes. O casal teve duas filhas: Marisa Thompson Flores (casada com o dr. Otmar Lenz, juiz do trabalho) e Beatriz Thompson Flores (casada com o Dr. Flávio Brinckmann) [fonte: http://m.stf.jus.br/portal/noticia/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=61349]
3.2 Hosmirdo Fernandes Lacroix, n. 06/08/1882, Itaqui. Casou com Carlota Rocha.
3.3 Pedro Fernandes Lacroix, n. 29/06/1884, bat. 03/08/1884, Itaqui.
3.4 Maria Madalena Fernandes Lacroix, n. 25/05/1886, bat. 14/08/1886, Itaqui. Em 1902 residente em Quaraí.
2.2 Maria Cândida Lacroix, n. cerca de 1860, Itaqui, onde a 29/06/1878 casou com Jean Mousquere Filho, n. 29/11/1866, Buenos Aires, Argentina, e batizado a 23/4/1867 em Itaqui/RS, filho de Jean Armand Mosquere e Maria de Lissar, franceses. Por ocasião do inventário paterno (1898), Maria Cândida estava separada de seu marido há 12 anos mais ou menos, sendo que João Mousquer era então residente na cidade de Paso de Los Libres, Corrientes, Argentina. 
   A pesquisadora Zélce Mousquer encontrou no Arquivo Público do RS (alvará de suprimento de assentimento, Itaqui, 1899), o seguinte requerimento:
  Maria Cândida Lacroix, maior de idade, filha do falecido Marcelino Domingos Lacroix Carteau (sic), residente nesta cidade, onde vive em companhia de seus irmãos, que tem necessidade de constituir procurador na República Francesa, para liquidar e arrecadar a herança deixada por Francina Carteau Lacroix, ao pai da suplicante. Acontece, porém, que a suplicante é casada com João Mousquère que a mais de dez anos a abandonou, retirando-se para a República Argentina, fato este que é de pública notoriedade e por isso a suplicante recorre a vós para suprir o consentimento de seu dito marido na nomeação de dito procurador e evitar o grave prejuízo que soffreria a suplicante em seus direitos pelo abandono e ausência de seu dito marido (...).
João Armando e Maria de Lissar tiveram 4 filhos localizados:
1. Evaristo Mousquère;
2. Basilia Mousquère;
3. Basilicia Mousquère casada com Pedro Alcides Valtier, imigrante francês;
4. João Mousquère Filho casado com Maria Cândida Lacroix.
5. João Mousquère, nascido a 29.11.1866, bat. 23.4.1867, Itaqui.
Pais de:
3.1 Valdemiro Mousquere, n. 24/04/1879, bat. 04/04/1880, Itaqui.
2.3 Alfredo Domingos Lacroix, n. 1857, Itaqui/RS e fal. 21/03/1902, Itaqui (inventário n. 47/1902, Itaqui, APRS). Casou a 1ª vez, a 29/07/1885, Itaqui, com Rosa Rivaldo ou Rosa Rivaldi, ali n. em 1864 e onde fal. 07/09/1886, aos 22 anos de febre puerperal (decorrente do parto do único filho), filha de João Rivaldo/Rivaldi (n. Espanha) e Robustiana Constante (n. Estado Oriental). Alfredo casou a 2ª vez, a 27/01/1894, Itaqui, com Sara Martins de Ornelas ou d´Ornellas, n. 1872, Bagé/RS, filha de Pedro Nicolau de Ornelas (n. Portugal, casado a 18/07/1857, Bagé/RS) e de Joana Isabel Martins (n. cerca de 1837, Caçapava do Sul), n.p. de Nicolau João d´Ornellas e Marciana Isabel Muniz, n.m. Domingos Martins (casado a 29/11/1823, Rio Pardo/RS) e Faustina Leme da Silva. Por Domingos Martins, bisneta do Visconde do Serro Azul João Antônio Pereira Martins e Maria Joaquina do Nascimento.
Alfredo deixou de herança um monte-mor de 20:186$376 réis, incluindo bens móveis e imóveis. Dos últimos destaco: 5.373.882 m2 de campo no primeiro distrito de Itaqui, nas sesmarias de Bitencourt, São José e Ramão de Abreu, havidos por compra de Jacob Clós e sua mulher e por herança dos sogros Pedro Nicolau d´Ornellas e Joana Martins d´Ornellas, e terrenos na cidade de Itaqui havidos por herança paterna.
Alfredo foi negociante em Itaqui, estabelecido à Rua Barão de São Marcos, n.º 36. Houve, ao menos, 5 filhos:
3.1 Adauto Rivaldo Lacroix, n. 30/08/1886, Itaqui (f.º único do 1º casamento).
3.2 Darcila d´Ornelas Lacroix (f.ª do 2º casamento), n. 07/10/1894, Itaqui. Casou com Ladislau Leivas, de Jaguarão/RS. A família foi para o Rio de Janeiro e depois para São Paulo, houve seis filhos: Lauro, Luiz, Lincoln, Lorival, Nilza e Yara Lacroix Leivas.
Narciso José Lacroix, fotografia
de Cynthia F. Lacroix.
3.3 Nazire d´Ornellas Lacroix, n. 13/05/1896, Itaqui, casou com Waldemar Riuminski.
3.4 Esther d´Ornellas Lacroix, n. 27/04/1898, Itaqui, casou Alcebíades Dias de Moura e, após, com Bernardo Píffero, que foi o 6º Prefeito de Itaqui. Houve do primeiro casamento o filho Alfredo Lacroix de Moura c/c Luciana dos Anjos, n. Portugal e pais de 3 filhos, dentre eles Maria Helena de Moura, informante deste ramo.
3.5 Nathalia d´Ornellas Lacroix, n. 18/05/1899, Itaqui, casou com Tasso Augusto Coelho dos Santos, pais de 5 filhos, entre eles Anna Maria Coelho dos Santos (casada com Luiz Ernesto de Otero Mello). 
3.6 Alfreda Domingas Lacroix, n. 28/03/1902, Itaqui.
2.4 José Narciso Lacroix ou Narciso José Lacroix, n. 30/12/1863, Itaqui, onde fal. a 22/08/1902, Itaqui, sem testamento (inventário n. 49/1903, Itaqui, APRS, sendo inventariante a viúva Serviliana Barberan). Casado com Serviliana Barberan.
Serviliana Barberan, fotografia
enviada por Cynthia F. Lacroix
Bens: metade de um terreno na Rua do Beco do Cotovelo, herdada do pai Marcelino; metade de um terreno à rua Ipiranga esquina com Aristides Lobo, em Itaqui; quarta parte de um outro terreno à rua 28 de Setembro esquina com a Rua Aristides Lobo, em Itaqui, com monte mor de 745$000 réis.
Narciso José foi tesoureiro da Sociedade Maçônica Philantropia e Progresso Itaquiense, alcançando ao irmão Alfredo Domingos Lacroix a importância de 3:400$000 réis em 1900, quantia depois paga pelo espólio no inventário deste.
Pais de:
3.1 Annibal Barberan Lacroix, n. 14/09/1891, Itaqui.
3.2 Alfredo Barberan Lacroix, n. 09/04/1893, Itaqui.
3.3 Rogélio Barberan Lacroix, n. 23/11/1896, Itaqui.
3.4 Haydeé Barberan Lacroix, n. 07/07/1900, Itaqui.
2.5 Anibal Marques Lacroix, n. 04/06/1867, bat. 16/02/1868, Itaqui. Padrinho de batismo da irmã Alda, em 1886. Por ocasião do inventário paterno já casado com Maria Serre.
2.6 Francina Lacroix, em 26/06/1884 solteira, foi madrinha de batismo de Alípio, filho natural de Ana Fernandes, em Itaqui, juntamente com o irmão Narciso José Lacroix. Madrinha da irmã Alda, em 1886. Por ocasião do inventário paterno era solteira e contava com 28 anos, o que lhe faz nascida em 1870.
2.7 Joana Lacroix (seu nome não consta no inventário paterno, assim como de herdeiro seu, fazendo presumir que à época todos eram falecidos), n. 1869, Itaqui. Casou com Raimundo Nonato. Pais de:
Registro de batismo de Anibal Lacroix e, abaixo,
de sua prima Maria Cecília
3.1 Erudina Nonato, n. 05/04/1893, bat. 19/09/1894, Itaqui.
2.8 Domingos Lacroix, n. 15/03/1872, Itaqui, onde talvez tenha falecido em tenra idade, por não constar no inventário paterno.
2.9 Nathalia Lacroix, n. 30/11/1873, Itaqui, onde bat. 26/12/1874, e já falecida em 1898, casada com Feliciano da Matta Bacellar, n. Bahia (depois se casou com a cunhada Branca), médico, filho de Feliciano Teixeira da Matta Bacellar, contra-almirante graduado, e de Maria Camilla de Moraes. Pais de:
3.1 Celeste da Matta Bacellar, n. 28/04/1895, Itaqui.
3.2 Odette da Matta Bacellar, n. 01/09/1897, Itaqui.
2.10 Valdomiro Lacroix, n. 24/03/1875, bat. 21/01/1877, Itaqui, onde casou a 18/03/1905 com Bráulia de Mello, ali nascida em 1879, bat. 03/03/1882, filha natural de Emigdio Antônio de Mello e Porfíria Messa, do RS (o nome do pai de Bráulia não foi mencionado em seu batismo, mas no de seus irmãos, todos dados como filhos naturais). Sem descendência.
registo de batismo de Valdomiro Lacroix
2.11 Ranulpho Lacroix, n. 11/12/1876, Itaqui, onde casou a 1º/06/1907 com Maria Elysalde, ali nascida a 29/12/1874, bat. 13/03/1875, filha de Pedro Elysalde/Elisalde (n. Estado Oriental) e de Maria da Conceição Guterres (n. RS), n.p. Clemente Elisalde e Joana, naturais da França, n.m. João Matias Gutteres (n. Argentina) e de Francisca Cândida Subiane (n. RS). Pais, ao menos, de:
                 3.1 Pedro Conceição Elisalde Lacroix c. com Maria Cândida dos Santos.
2.12 Amado Lacroix, n. 22/11/1878, bat. 04/01/1879, Itaqui. Casou com Zélia Garcia Niederauer, n. 20/02/1880, Cruz Alta, onde fal. A 06/10/1960, filha de João Luiz Niederauer e Rita Garcia da Rosa. Amado Lacroix dá nome a uma praça em Cruz Alta, assim como a uma escola, de onde foi vereador. 
Amado Lacroix, talvez sua sogra,
filha e esposa.
Pais de:
3.1 Ondinot Lacroix, casou em 1933 em Santa Maria/RS com Maria Felicidade de Lima.
3.2 Celso Lacroix
3.3 Alda Lacroix
2.13 Branca Rosa Lacroix, n. 13/09/1882, bat. 17/10/1882, Itaqui. Em 1898 com 21 anos, solteira. Casou com o cunhado Feliciano da Matta Bacellar.
registro de batismo de
Alda Lacroix, 1886.
2.14 Alda Barbosa Lacroix, n. 25/01/1883, bat. 25/06/1886, Itaqui, onde fal. 19/11/1918. Casou com Miguelino Bicca de Almeida ou Miguel Bicca de Almeida, n. 08/05/1878, Bagé/RS ou Mello/Uruguai e fal. 06/08/1954, Porto Alegre, filho de Eduardo Pires de Almeida (n. 13/10/1848, Encruzilha do Sul/RS, onde casou a 08/07/1871) e de Constança Ferreira Bicca (n. 1850, Encruzilhada do Sul), neto paterno de Floriano Francisco de Almeida e de Cândida Pires Moreira ou Cândida Pires Bueno ou de Almeida Pires, neto materno de João Ferreira Bicca e Carolina Ferreira Bicca (estes, primos irmãos, pois ambos netos paternos de João Ferreira Bicca e Felícia do Sacramento, açorianos).
Pais de:
3.1 Eda Lacroix de Almeida, n. 11/05/1904, Uruguaiana/RS e fal. 25/06/1999, Porto Alegre. Casou a 26/10/1921 na Rua do Comércio, n.º 65, em Santa Maria/RS com Frederico Niederauer Filho, ali n. a 14/01/1900 e onde fal. 09/09/1941 (no mesmo dia e mês de seu pai). Frederico, em 1921, de acordo com sua habilitação de casamento (APRS), era criador de profissão, com 21 anos de idade, residente em Santa Maria. Em sua caderneta de praça constante em dita habilitação, consta ainda que foi praça do Sétimo Regimento de Infantaria, em 1917, assim como sua descrição física: 1m65cm, barba imberbe, boca pequeno, ruivo, nariz pequeno reto, rosto oval, escreve, lê e é vacinado. Frederico era filho de Frederico Guilherme Niederauer (Lita) (n. 1876, Santa Maria, onde fal. 09/09/1929 e de Ana Emília Menna Barreto (Nicota) (n. 10/08/1876, Santa Maria ou São Gabriel e fal. 12/06/1961, Santa Maria), neto paterno de Heinrich Niederauer (n. 1846, Santa Maria) e Maria Amália Ahrens (n. 1858, no RS), neto materno do major Antônio Victor de Sampaio Menna Barreto (n. 12/04/1825, Porto Alegre, onde fal. 18/10/1891) e de Maria Januária Fagundes (n. Porto Alegre e fal. 06/03/1921, Santa Maria). Pelo major Antônio Victor Menna Barreto, Frederico era bisneto do coronel José Luís Menna Barreto e de Ana Emília de Sampaio e, por José Luís, trineto do Visconde de São Gabriel João de Deus Menna Barreto e de Rita Bernardes Cortes de Figueiredo Mena. Houve do casamento de Frederico e Eda cinco filhos: 
       4.1 Terezinha de Jesus Almeida Niederauer (c/c João Evangelista Dornelles Estivalet e, depois, com Geraldo Velloso Nunes Vieira);
              4.2 Elda Almeida Niederauer
              4.3 Giselle Almeida Niederauer
              4.4 Hélvio Lita Almeida Niederauer
              4.5 Leila de Almeida Niederauer.
3.2 Branca Lacroix de Almeida, n. 11/05/1906 em Uruguaiana, na casa de seus pais à Rua Duque de Caxias. Casou em abril de 1933 em Cachoeira do Sul/RS com o dentista, Aluysios Belarmino Becker, n. 09/06/1905 em São Sebastião do Caí/RS, filho de Frederico Guilherme Becker (n. 15/10/1864 e já fal. em 1933) e de Guilhermina Löb (talvez Löss) (n. 17/06/1870 e em 1933 residente em Cachoeira do Sul), neto paterno de Nicolau Becker e Elisabeth e, materno, de Jorge Löb e Guilhermina.
  
FONTES:
- Arquivo Histórico do Estado do Rio Grande do Sul (AHRS): fundo da polícia.
- Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (APERS): inventários e habilitações de casamento de São Leopoldo, Cachoeira do Sul e Itaqui.
- Arquivo Histórico da Cúria Metropolitana de Porto Alegre (AHCMPA): livros de batismos, casamentos de Porto Alegre, Viamão.
- Arquivo pessoal de: Cynthia Filártiga Lacroix, Elisabeth Berté da Cruz, Renato Franzen, João Simões Lopes Filho, Ernani Manganelli, Zélce Mousquer, Jorge Appel Soirefmann, Valdinei da Silveira e Gerson de Oliveira.
 - Igreja dos Mórmons: livros de batismos, casamentos e óbitos de Porto Alegre, Itaqui e São Borja.
- Página do Supremo Tribunal Federal (http://m.stf.jus.br/portal/noticia/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=61349). 
- SANDOVAL, Roberto. Blog:  Roberto Sandoval: http://rlavodnas.blogspot.com.br/ 
TINM, Octacílio B. e GONZALES, Eugenio (org. e editores). Album ilustrado do Partido Republicano Castilhista – RGS. Porto Alegre: Livraria Selbach de J.R da Fonseca e Cia, 1934.

23 comentários:

  1. Prezado Diego, sou trineto de Marcelino Domingos Lacroix e sempre tive muita dificuldade em encontrar informações sobre o mesmo. Muito obrigado! Abraço Celso Gustavo Schwalm Lacroix

    ResponderExcluir
  2. Olá Celso, se tiveres acréscimos e fotografias antigas, podes mandar que serão bem-vindas. Saudações, Diego.

    ResponderExcluir
  3. Mônica S. Leivas Milani16 de setembro de 2012 às 18:03

    Também sou trineta de Marcelino, bisneta de Alfredo, neta de Darcila e filha de Lauro Lacroix Leivas. Igualmente tive dificuldades em achar nossas origens e apreciei as informações acima. Porém, surge uma dúvida: uma prima, filha da Nathalia, afirma ter conhecido parentes de Aix-en-Provence com a mesma origem nossa; até agora, era esta nossa única referência... Há algumas fotos antigas nos arquivos de meu pai; tentarei achar. Parabéns pelo estudo!

    ResponderExcluir
  4. Olá Mônica, obrigado pelo comentário. A origem deste ramo Lacroix eu imagino seja dos Baixos-Pirineus, tão-somente por ser comum o sobrenome nesta região. Contudo, pode ser perfeitamente em Aix-en-Provence, cidade que agora podemos concentrar as buscas. Querendo, podes mandar as fotografias antigas que as incluo no blog.

    ResponderExcluir
  5. sou bisneto de Latino fernandes Lacroix, sensacional sua pesquisa, muito obrigado,

    Att. Adriano Lacroix

    ResponderExcluir
  6. Uma observação:
    Eça araujo Lacroix foi casado com
    Clecy Moraes Lacroix onde teve 4 filhos.

    sou filho do mais novo

    Latino Moraes Lacroix.

    ResponderExcluir
  7. Olá Adriano, obrigado pelos acréscimos, vou colocá-los no blog. Se você tiver outros e fotografias antigas podes me mandar. Grato, Diego.

    ResponderExcluir
  8. Hola Diego. Soy nieta de Anibal Lacroix y Praxedes Grimau, de Alvear, Corrientes. Bisnieta de Narciso José Lacroix y Serviliana Barberán, y tataranieta de Marcelino y Candida. Estoy fascinada con esta investigación que hizo y tan generosamente nos permite tener datos de nuestros antepasados. Muchas gracias!!!! Si consigo fotos se las enviaré.
    Mi nombre: Cynthia Filártiga Lacroix. Asunción, Paraguay.

    ResponderExcluir
  9. Hola Cynthia, gracias!
    Si usted tiene más información para complementar y fotografías antiguas, puede enviarlo a mi dirección de e-mail (diegopufal@gmail.com) agrego el blog.

    ResponderExcluir
  10. bom dia Diego, que maravilha tiua pesquisa me emocionei muito, pois havia de pedido em outro contato por email, pena que mão posso mais mostrar ao meu pai, neto de Ranulfo Lacroix e bisneto de Marcelino, continues assim se conseguir alguma foto te envio, estou muito feliz.
    airoldi lacroix bonetti junior

    ResponderExcluir
  11. Diego, parabéns pela pesquisa! Está toda a minha genealogia decrita, Sou filho de Latino Moraes Lacroix, que é trineto de Marcelino.
    Muito obrigado pelas informações.

    ResponderExcluir
  12. Obrigado Airoldi. Se você tiver acréscimos, correções e fotografias antigas agradeço. Saudações.

    ResponderExcluir
  13. Parabéns Diego por seu trabalho ! veja complemento no capítulo X do blog : http://rlavodnas.blogspot.com.br/
    Roberto Sandoval

    ResponderExcluir
  14. Prezado Diego ,
    Vc cita a boa caligrafia de Maria Cândida mas não vi a assinatura dela , pode enviar-me ? tem mais fotos dos mais antigos ? abraços Roberto Sandoval (rlavodnas@hotmail.com ou rlavodnas@gmail.com ou rlavodnas@yahoo.com.br

    ResponderExcluir
  15. Diego,
    Adorei sua publicação, sou bisneta de Pedro Conceição Elisalde Lacroix, e sempre quis saber a historia da nossa familia. Faço aniversario em 3 dias e foi um grande presente ter descoberto seu blog. Obrigada!

    ResponderExcluir
  16. Olá Achiley! Parabéns pelo aniversário e fico feliz tenha gostado da postagem. Em havendo acréscimos ou fotografias antigas e querendo mandar, fique a vontade. Meu e-mail diegopufal@gmail.com

    ResponderExcluir
  17. Diego, assim como Amado (2.11), filho de Marcelino foi homenageado com nome de praça em Cruz Alta, O Beco Domingos Lacroix, homenageia o francês |Marcelino Domingos Lacroix, em Itaqui, assim como Ranulfo Lacroix (2.11) é o nome de uma escola municipal na área urbana de Itaqui.

    ResponderExcluir
  18. Diego,a informação sobre a minha avó Esther d'Ornellas Lacroix, está faltando o nome do meu avô de sangue com quem ela foi casada que se chama Alcebiades Dias de Moura,e ficando viúva se casou novamente com meu avô adotivo, Bernardo Piffero que também foi o 6°Prefeito da Cidade de Itaqui

    ResponderExcluir
  19. Olá, sou bisneta de Pedro Elisalde e Maria Cândida dos Santos, gostaria de saber mais informações dela. Pelo menu conhecimento ela era indígena e não se encontra registros de qual povo ela pertencia, vc pode me ajudar?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Eduarda, infelizmente não tenho a informação. Teria que pesquisar se a Maria teve irmãos na região para ver se o padre indica a origem.

      Excluir